segunda-feira, 4 de fevereiro de 2013

O DESPERTAR DA ÁSIA E DA ÁFRICA

O FIM DOS IMPÉRIOS COLONIAIS

Depois da 2ª guerra mundial as colónias europeias na África e na Ásia, estimuladas pelo princípio de autodeterminação dos povos, defendido na Carta da ONU, foram conseguindo, pouco a pouco, a sua independência.

Os movimentos de descolonização intensificaram-se após a 2ª guerra mundial, sobretudo com a criação da ONU, que defendia a autodeterminação e independência dos povos.

A luta de libertação nacional das colónias revestiu, em muitos casos, de forma violenta, através da luta armada, noutros casos, resultou em descolonização pacífica e noutros devido a pressões internacionais. 

Em meados da década de 1950 a descolonização da Ásia estava feita. Contudo, na África a luta pela libertação nacional estava ainda no início sendo o ano de 1960, considerado o ano da Áfria, por ser o ano em que mais de 20 países africanos alcançavam as suas independências.

A CRISE DE 1973

Na década de 1970 descobriu-se que o grande recurso natural, que é o petróleo, não é um recurso renovável. Em consequência, este facto serviu de pretexto para grandes variações do preço do petróleo, o que originou uma grande crise económica derivada do petróleo na década de 1970.

Esta crise provou a grande força da OPEP no controlo e estabilidade do preço do petróleo no mundo.
A crise petrolífera de 1973 teve início em Outubro de 1973 quando os membros da Organização dos Países Árabes Exportadores de Petróleo (OPAEP) proclamaram um embargo petrolífero.O embargo foi direccionado às nações que eram vistas como apoiadoras de Israel durante a Guerra de Yom Kippur. As nações alvos do embargo foram inicialmente o Canadá, o Japão, a Holanda, o Reino Unido e os Estados Unidos, com o embargo também mais tarde se expandindo a Portugal, a Rodésia e a África do Sul. até o fim do embargo, em Março de 1974, o preço do petróleo subiu de US$3 por barril para cerca de $12 no mundo inteiro; Os preços nos Estados Unidos foram ainda maiores. O embargo causou uma crise de petróleo, ou ''choque'', com muitos efeitos de curto ou longo prazo na política e economia global. Mais tarde, foi chamado de o ''primeiro choque do petróleo'', seguido pela crise do petróleo de 1979, chamado de o ''segundo choque do petróleo''.    

O FIM DO REGIME COMUNISTA NA URSS

A partir de 1985 Mikhail Gorbatchev, assume o poder na URSS e leva a cabo um conjunto de medidas para renovar as políticas internas e externas da União Soviética.

As reformas de Gorbatchev ficaram conhecidas pelas designações «perestroika» (reestruturação) e «Glasnost» (transparência).

As reformas consistiram, sobretudo, em:
* abrir a economia a iniciativa privada e ao investimento estrangeiro;
* renovar os quadros da administração, empregando jovens técnicos qualificados;
* realizar uma abertura com o ocidente, através de negociações diplomáticas para o desarmamento nuclear, contribuindo assim para o fim do clima de «guerra fria».

O desenvolvimento da perestroika conduziria, nos finais de 1980 e princípios da década de 1990, à desagregação da URSS em vários Estados independentes e ao processo de liberalização da economia e de democratização da vida política.    

OS ANOS 60 DO SÉCULO XX E A CONTESTAÇÃO JUVENIL

A juventude dos anos 60 (década de 1960) cresceu num clima conturbado, marcado pela Guerra Fria, pela guerra do Vietname, pelo crescimento da sociedade de consumo, pela modificação dos valores tradicionais...
Estes jovens manifestavam-se contra os valores da sociedade burguesa, contra a guerra e contra a sociedade de consumo. Contudo, as suas atitudes não eram compreendidas pelos mais velhos, dando origem a um conflito de gerações.

Nesta época surgiram diversos movimentos de juventude, que contestavam a sociedade de consumo. O movimento mais conhecido foi o movimento hippie, composto por jovens das classes médias ou de grupos intelectuais, que se opunham aos valores materiais e à violência. Defendiam um regresso à vida com a Natureza, a liberdade, a paz e o amor sem preconceitos ou limites.

Em 1968, os movimentos estudantis atingiram uma expressão política. Em França, em Maio de 1968  desencadeou-se um movimento que teve início nas universidades de Paris e rapidamente se alastrou a toda a França, paralisando o país com greves e manifestações durante três semanas.

Também na Alemanha, na Itália e em outros países se verificaram movimentos semelhantes.

Nos Estados Unidos da América os movimentos de juventude manifestavam-se contra a guerra no Vietname, divulgando o slogan «make love not war».


A SITUAÇÃO DAS MINORIAS

A segunda metade do século XX foi marcada, em muitos países do Mundo, por problemas e conflitos relacionados com a situação das minorias:
           * os negros, particularmente nos EUA, lutaram contra a segregação racial;
           * os imigrantes, quer nos EUA quer nos países europeus, lutaram contra a segregação étnica;
           * os católicos, na Irlanda do Norte, lutaram contra a segregação religiosa e política, o mesmo
              acontecendo na Indonésia e em outros países islâmicos.

Constituem também motivos de segregação diferenças culturais, linguísticas, políticas e outras. Um dos maiores símbolos da luta pela igualdade de direitos nos EUA  foi Martin Luther King, cujo tema «I have a dream» («eu tenho um sonho»), do seu discurso proferido em 1963, ainda hoje é citado como lema contra todo tipo de desigualdades.Foi assassinado em 1968, tornando-se um símbolo da defesa dos direitos das minorias étnicas nos EUA.

O movimento feminista também se desenvolveu muito nos Anos 60: as mulheres exigiam a igualdade de direitos e uma maior participação na sociedade.

O PLANO MARSHALL

A Europa, arruinada e endividada, saiu profundamente abalada da 2ª Guerra Mundial. O Estados Unidos da América desenvolveram então um plano de ajuda para a reconstrução dos países europeus.

Em 1948, o Presidente Truman aprovou um programa para a reconstrução dos países da Europa ocidental, devastados pela guerra. Esse programa viria a ser conhecido por Plano Marshall (nome do general americano que se distinguiu na proposta e na defesa desse plano).

Os principais objectivos desde plano eram:
 - ajudar economicamente a Europa ocidental, reconstruindo as indústrias e reactivando o comércio;
 - reforçar a posição dos EUA como superpotência e a sua hegemonia que já se fazia sentir desde o fim da 1ª Guerra;
 - evitar o avanço do comunismo: uma Europa debilitada poderia ser um campo aberto à entrada do comunismo a da influência soviética.

AS CARACTERÍSTICAS DA GUERRA FRIA

O clima de Guerra Fria levou as duas superpotências mundiais a uma corrida aos armamentos, que íncluia as armas nucleares e o apio a conflitos localizados. Foi também um período de espionagem intensa, com a intervenção das polícias secretas, nomeadamente a CIA (EUA) e o KGB (URSS).

Não ousando, porém, confrontar-se directamente, EUA e URSS passaram a apoiar os seus aliados em conflitos regionais, fornecendo tropas, conselheiros e material de guerra. Desenvolveu-se, assim, a luta por zonas de influência que originou um  mundo bipolar. Esta luta conduziria ao «equilíbrio pelo terror».

O primeiro foco de tensão entre a URSS e os EUA ocorreu com a Questão de Berlim (1948 - 1949) que conduziu à continuação da divisão daquela cidade, mas também à divisão da própria Alemanha em duas: a Alemanha de Leste (que iria adoptar a designação de República Democrática Alemã - RDA) e a Alemanha Ocidental (que adoptaria o nome de República Federal da Alemanha - RFA).

O que se entende então por Guerra Fria?
 Guerra Fria é nome dado ao período de grande antagonismo e de forte tensão entre os EUA e a URSS, a partir do final da 2ª Guerra Mundial; apesar de não ter havido um conflito armado, houve constantes provocações mútuas, temendo-se a deflagração de uma nova guerra mundial.   

domingo, 3 de fevereiro de 2013

A ORGANIZAÇÃO DAS NAÇÕES UNIDAS - ONU

A 25 de Junho de 1945, reuniram-se em S. Francisco (EUA), representantes de 51 Estados para aprovarem a criação de uma organização para a preservação da paz no mundo: a Organização das Nações Unidas - ONU.

Os principais objectivos da ONU são:
- proteger as gerações vindouras do flagelo da guerra, ou seja, evitar  novos conflitos e manter a paz no Mundo;
- promover a cooperação económica e social entre os povos;
- promover o respeito pelos direitos humanos.

Sob a jurisdição da ONU, funcionam diversas Instituições Especializadas, que têm uma grande importância a nível mundial, nos mais diversos domínios.
A ONU tem tido ddesde a sua fundação, um valioso papel na cooperação internacional, na acção das suas Instituições Especializadas, na procura de solução para os conflitos regionais e na promoção dos direitos humanos e liberdades fundamentais ( em Dezembro de 1948 a ONU aprovou a Declaração Universal dos Direitos do Homem).

NOVA ORDEM MUNDIAL SAÍDA DA 2ª GUERRA MUNDIAL

A nova ordem mundial saída da guerra ficou marcada por profundas transformações, nomeadamente:

* o declínio da Europa e a sua divisão em duas zonas de influência;
*a supermacia de duas grandes superpotências (EUA e URSS) e a  formação de dois blocos antagónicos: a URSS liderava o Bloco de Leste (Comunista) e os EUA lideravam o Bloco Ocidental (capitalista);
* os movimentos de descolonização, por vezes pacíficos, resultando de acordos entre colonizadores e colonizados, outras vezes violentos, originando guerras de libertação, conduziram ao desmoronamento dos impérios coloniais;
* a criação de uma organização mundial para a perservação da paz (ONU - Organização das Nações Unidas).

CONFERÊNCIAS DE IALTA E DE POTSDAM / APÓS 2ª GUERRA MUNDIAL

Os dirigentes dos países vencedorares, reuniram-se em diversas conferências para resolverem os problema resultantes do conflito (da 2ª guerra mundial). Destas conferências destacaram-se as de Ialta (Ucrânia) e a de Potsdam (Alemanha), em 1945.

Destas reuniões saíram importantes decisões para a Europa e para o Mundo: 
*a Alemanha foi dividida em quatro zonas que ficaram sob a administração dos EUA, da Inglaterra, da França e da URSS;
*a Alemanha perdeu todos os seus territórios conquistados, foi desmilitarizada e «desnazificada»;
* os altos dirigentes e as instituições nazis foram julgados num tribunal internacional, realizado em Nuremberga;
* o Japão foi temporariamente administrado pelos Estados Unidos da América;
* na Palestina, em 1948, foi criado o Estado de Israel como forma de compensação aos judeus, os quais se consideravam com direito de formar um Estado no território dos seus antepassados.

  

sábado, 2 de fevereiro de 2013

A SEGUNDA GUERRA MUNDIAL

A 2ª Guerra Mundial surgiu em consequência da política expancionista agressiva da Alemanha nazi, da Itália e do Japão. Pelos meios que envolveu, pela violência dos combates e pela duração que teve, este conflito transformou-se no mais mortífero de sempre.
A derrota da Alemanha e o lançamento da bomba atómica sobre Hiroxima (Japão) marcaram o desfecho do conflito, com a victória das democracias sobre as ditaduras.

COLAPSO DA SOCIEDADE DAS NAÇÕES               
A Sociedade das Nações não conseguiu evitar as ocupações alemãs, pelo que acabou por perder toda a credibilidade. A França e a Inglaterra, que seguiam uma política de apaziguamento, pareciam não ter consciência das intenções de Hitler, pelo que numa fase inicial também não reagiram.

  Em 1939, a Alemanha ocupou a Checoslováquia. Para evitar um conflito co a URSS assinou um Pacto de Não-Agressão Germano-Soviético com Estaline, comprometendo-se a partilhar com ele alguns territórios a ocupar. Ao mesmo tempo a Itália ocupava a Albânia.A França e a Inglaterra fizeram então um ultimato a Hitler, avisando que se houvesse outra invasão declarariam guerra.

A 1 de Setembro de 1939 as tropas de Hitler invadiram a Polónia, Como resposta, a França e a Inglaterra declararam guerra à Alemanha.

FORMAÇÃO DE BLOCOS MILITARES E ALIANÇAS
De um lado tinhamos Os Aliados liderads pela França, Inglaterra,Urss, ...
Do outro lado As Potências Centrais lideradas pela Alemanha, Itália, Japão Austria...

AS ETAPAS DA GUERRA
A primeira fase: A 2ª Guerra Mundial foi caracterizada, inicialmente, por uma guerra-relâmpago,  com rápidas e sucessivas victórias militares da Alemanha. Esta conseguiu invadir vários países da Europa, desde a Checoslováquia até a França.

A segunda fase: No pacífico, os Japoneses empreenderam um violento ataque-surpresa à base americana de Pear Harbor, a que levou a os Esados Unidos da América a entrarem na guerra ao lado dos Aliados. Com a entrada dos Americanos no conflito a guerra mundializou-se. Nesta fase houve um equilíbrio.

A terceira fase: Ficou nesta fase decidido a victória dos Aliados - a capitulação da Itália, o desembarque na Normandia(Dia D), a ocupação da Alemanha e os lançamentos das bombas atómicas sobre Hiróxima e Nagasáqui, no Japão.

CONSEQUÊNCIAS DA 2ª GUERRA MUNDIAL
As perdas humanas e materiais foram devastadoras: mais de 50 milhões de mortos e cidades inteiras destruídas, bem com vias de comunicação. Nos campos de concentração os alemãs praticaram sistematicamente o genocídio.

A GUERRA CIVIL ESPANHOLA E O FRANCESISMO

Na Espanha se formou, em 1936, um Governo de Frente Popular para fazer face a crise económica-financeira. Este Governo seria derrubado por uma conspiração, das forças nacionalistas conservadoras, com apoio do clero e de parte do exército, que conduziu a uma revolta militar, chefiada pelo general Francisco Franco.

Iníciou-se então a guerra civil que dorou três anos.

Em 1939, os nacionalistas saíram vencedores e instaurou-se o regime autoritário franquista.

Os dois blocos em confronto na guerra civil espanhola contaram com apoios estrangeiros: a Itália fascista e a Alemanha nazi ajudaramos os Nacionalistas; a URSS apoiou os Republicanos.

A guerra civil espanhola foi ganha pelas forças nacionalistas/franquistas. Serviu de ensaio a novas técnicas em confronto na 2ª Guerra Mundial.

OS REGIMES FASCISTA E NAZI

A grave crise económica que afectou a Europa nos anos 30 contribuiu para a implementação de regimes ditatoriais em alguns países. Na Itália instalou-se o fascismo e na Alemanha o nazismo.

O Partido Nacional Fascista, foi criado por Benito Mussolini, e chegou ao poder em 1922 e ganha as eleições de 1924 de forma autoritária, instalando assim em Itália a ditadura do chefe.

 Adolf Hitler, foi a fundador do Partido Nacional Socialista (Partido Nazi). O partido Nazi prometia fazer oposição ao Tratado de Versalhes, defendia uma nova Alemanha, rica e forte, só para os Alemãs, opunha-se à democracia e ao comunismo; visava também acabar com os Judeus e outros que causaram prejuísos aos Alemãs.

Hitler chega ao poder nas eleições de 1934 e instala uma ditadura assim como uma política militarista e expancionista.

A GRANDE DEPRESSÃO ECONÓMICA DOS ANOS 30


Após o fim da Primeira Guerra Mundial as economias europeias começaram a recuperar. Na década de 1920 as fábricas voltaram a produzir e vivia-se um clima de prosperidade económica. Contudo, esta situação durou pouco. Em 1929 iniciou-se uma das mais graves crises do sisema capitalista. O descrédito na economia aumentou e o desemprego e a miséria dispararam.

Esta crise iniciou-se nos Estados Unidos da América, mas, devido à preponderância da economia americana, rapidamente se estendeu a todo Mundo. Este período da crise ficou conhecido como a GRANDE DEPRESSÃO DOS ANOS 30.

Os principais facores que explicam a Grande Depressão Económica de 1929 foram a crise de  superprodução, que provocou um desequilíbrio entre a oferta e a procura e a especulação bolsista.

A crise foi despoletada pelo crash da Bolsa de Valores de Wall Street em Nova Iorque, em 24 de Outubro de 1929, que rapidamente se traduziu numa crise financeira.

A crise financeira e crise económica desencadearam um «ciclo vicioso»: falência de empresas, subida vertiginosa do desemprego, queda do poder de compra e consequenemente diminuição do consumo, acumulação de stocks de mercadorias e a baixa acentuada de preços. Esta crise provocou problemas e tensões socias, sobretudo pelo desemprego e pela proletarização das populações.