1- FRUSTRAÇÃO DA EXPECTATIVA COLONIAL NO PERÍODO DA PRIMEIRA REPÚBLICA (1910 - 1926)
As dificuldades econômicas, e o descontentamento social às condições de vida e à crescente afirmação do
republicanismo a partir do
Ultimato Inglês de 1890, levou a queda da Monarquia Portuguesa e a Implantação da Primeira República em 5 de Outubro de 1910.
A Implantação da República em Portugal permitiu um grande alívio nos métodos de colonização: começou haver alguma tolerância nas colonias.
O governo saído da Revolução Republicana Portuguesa não conseguiu resolver os problemas econômicos que inquietavam a população. Contudo, a instabilidade governativa e as dificuldades socioeconômicas foram de difícil resolução.
A degradação do regime Republicano conduziu ao
Golpe Militar de 1926 chefiado pelo
general Gomes da Costa. Era o fim da Primeira República e a Instauração de uma Ditadura Militar em Portugal (1926 - 1932).
Em 1928, foi eleito um novo presidente da República,
o general Óscar Carmona. A fim de resolver as dificuldades econômicas e financeiras, foi nomeado Ministro das Finanças o Professor da Universidade de Coimbra, António de Oliveira Salazar.
As medidas tomadas por Salazar trouxeram-lhe grande prestígio e influência, pelo que, em 1932, foi convidado para chefiar o governo.
Em 1933 apresentou ao país uma
Nova Constituição Política. Era o início do Estado Novo.
O Estado Novo foi um regime ditatorial instaurado por Salazar a partir da Constituição de 1933. Um dos principais suportes do regime Salazarista foi a
polícia política (PVDE e PIDE)
e os principais instrumentos de defesa e propaganda do regime foram o Secretariado da Propaganda Nacional e a Mocidade Portuguesa.
O COLONIALISMO
O Estado Novo considerava as colonias como parte integrante do Território Nacional Português.
As colonias tiveram uma grande importância na política Salazarista, tanto a nível político como econômico:
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politicamente constituíam uma forma de engrandecer o país e reforçar a ideia de império;
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economicamente eram uma fonte de matérias primas para a indústria e um grande mercado para o escoamento da produção agrícola e industrial portuguesa.
Em 1933, Salazar, ainda Ministro das Finanças, criou o
Ato Colonial. Este documento afirmava que as colonias eram parte integrante da Nação Portuguesa e que cabia a Portugal defender, civilizar e colonizar os territórios do império colonial Português (levar a língua, a cultura, a religião, em suma, a civilização aos povos não civilizados).
Após a segunda Guerra Mundial, as colonias passaram a ser designadas ''
Províncias Ultramarinas''.