quinta-feira, 2 de setembro de 2021

VIOLÊNCIA DOMÉSTICA - PROBLEMA MORAL E PENAL!!!


Cerremos fileiras em prol de um único objetivo: A Erradicação da Violência Doméstica na nossa Angola. Mas isso só será possível se efetivamente compreendermos e procurarmos com inteligência a melhor maneira de livrarmos o país deste cancro.
Temos que partir sempre do princípio que somos um agregado de povos com especificidades próprias, e que é preciso olharmos Angola com olhos de ver...
Nem sempre o direito positivo pode resolver as mazelas que a nossa cultura comporta. Medidas coercivas e repressivas não levam à Erradicação da Violência Doméstica, pelo contrário assistimos a um agravamento crescente da situação.
O melhor antídoto é efetivamente a Educação do nosso povo: a introdução no currículo escolar de temáticas ligadas a Dignificação da Família, readaptar os catecismos das igrejas cristãs à realidade catual, as programações dos mass médias, devem também valorizar a cultura do amor ao próximo...
A luta pela Erradicação da Violência Doméstica é um processo longo e ingente, que exige a contribuição de todos sem distinção.

terça-feira, 29 de junho de 2021

DETURPAÇÃO DA VERDADE HISTÓRICA DE CUITO CUANAVALEA DA BATAL

DETURPAÇÃO DA VERDADE HISTÓRICA DA BATALHA DE CUITO CUANAVALE
1. Os factos históricos são infalíveis… tardam, mas vêm sempre ao de cima. Ligar a Batalha de Kuito Kwanavale com a liberação da África Austral é um autêntico disparate e falta de conhecimento sócio histórico. É preciso lembrar aqui aos lunáticos, céticos/fanáticos políticos da nossa praça, de que o Conflito Interno Angolano caracterizou-se no contexto da Guerra Fria, onde a ingerência das duas superpotências (EUA e URSS) foi notória. Não ousando, porém, confrontar-se diretamente, EUA e URSS apoiavam os seus aliados em conflitos regionais localizados, nos quais se enquadra a região da África Austral, fornecendo tropas, conselheiros e material de guerra.
2. Com a aprovação da Resolução 435/78 do CS das Nações Unidas, começava com grande ênfase a busca de uma solução diplomática, que visava em primeiro lugar a liberação da Namíbia e concomitantemente com as várias tentativas de acordos entre as partes angolanas em conflito, governo da República Popular de Angola e a UNITA ( acordos de Lusaka, Gbadolite, Nova York, Bicesse entre outros), visando de forma pacífica e diplomática resolver não só o conflito de Angola como também a plena pacificação da região da África Austral.
3. As transformações que começaram depois de 1985 na URSS, com a eleição de Mikhail Gorbachev, levaram ao abrandamento da Guerra Fria e do clima de conflitualidade entre os países Ocidentais e os países de Leste, criando assim perspetivas para uma solução pacífica do conflito regional que opunha a República Popular de Angola à África do Sul. Neste contexto a tensão militar foi transferida para a fronteira norte, onde a RDC ex República do Zaíre, se tornava recetora do material militar enviado pelos Estados Unidos à UNITA.
4. Foi neste clima, que no ano de 1989, o presidente Mobutu do Zaíre, reuniu em Gbadolite com José Eduardo dos Santos e Jonas Malheiro Savimbi na presença de vários chefes de governo e estadistas africanos. Esta reunião foi um fracasso, mas foi o cimentar dos acordos que se seguiram até chegar Bicesse.
5. Vale aqui dizer com veemência que o factor decisivo, que levou a Namíbia à independência e a estabilidade sociopolítica na região, deveu-se efetivamente a conjuntura de então: o fim da correlação de forças entre URSS e EUA. Não existem dúvidas de que o fim da Guerra Fria favoreceu a busca da paz e estabilidade na sub-região da África Austral.
6. Não houve vencidos nem vencedores - fomos todos galardoados com as mudanças vindas da terra de Mikhail Gorbachev.

segunda-feira, 31 de maio de 2021

25 DE MAIO - DIA DE ÁFRICA

 25 DE MAIO - DIA DE ÁFRICA

Dia da África é comemoração anual estabelecida em 25 de Maio de 1963 pela fundação da Organização de Unidade Africana (OUA). Neste dia, líderes de 30 dos 32 Estados africanos independentes assinaram uma carta de fundação, em Addis Abeba, na Etiópia.
O continente ao longo destes 54 anos continua ADIADO no que diz respeito ao desenvolvimento: o continente sofreu vários flagelos, quer a nível político, económico e social que mudou e de que maneira a marcha da sua história.
A 9 de Julho de 2002 foi fundada em Durban (África do Sul) a União Africana (UA), sucessora da Organização de Unidade Africana (OUA). A UA tem por objectivos a unidade e a solidariedade africana, defende a eliminação de todo tipo de dominação, respeito pela soberania dos Estados, a integração económica e a cooperação política e cultural entre os países e povos do continente africano.
Viva África!
África oyé!


quarta-feira, 14 de abril de 2021

MPLA E A MENTIRA QUE CONTINUA TEIMOSA

MPLA E A MENTIRA QUE CONTINUA TEIMOSA
Presidente da República e também do MPLA, mentiu/omitiu, em afirmar alto e em bom som, de que Ilídio Machado foi o primeiro presidente do MPLA... Senhor JLO, a história não se apaga, ela é feita de factos, porquê tanta mentira se ainda estão entre nós algumas figuras que protagonizaram a génese do MPLA?
Foi Mário de Andrade fundador e primeiro presidente do MPLA, tendo como secretário geral Viriato da Cruz. Exige-se a atual direção do MPLA um verdadeiro recontar da história. Gostaríamos saber também a verdadeira data da fundação do nosso MPLA!!!

terça-feira, 13 de abril de 2021

PORQUÊ ESCAMOTEAR A HISTÓRIA DOS VÁRIOS POVOS DE ANGOLA?


Chamar o rei dos Bayakas de rei do Uíge, é um autêntico disparate e desconhecimento da gloriosa história dos povos do Norte de Angola. A figura propalada de rei do Uíge é tão somente rei dos Bayakas, região de Kímbele incluindo a região de Bandundu, na RDC.
O conjunto das várias regiões que compõem hoje a província do Uíge e Zaíre, eram conglomerados de sub-reinos (administrados por manis) submissos ao NTOTELA (Rei do Kongo).
Lamentavelmente, temos energúmenos a funcionar em áreas sensíveis do Ministério da Cultura. Onde estão os nossos fiéis historiadores, antropólogos e linguistas? São estes que deviam, fruto da investigação, contribuir para nossa verdadeira historiologia.
Angola na qualidade de membro de pleno direito do CICIBA (Centro Internacional de Civilização Bantu) , devia saber aproveitar as valências desta grande instituição cultural bantu.
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domingo, 11 de abril de 2021

A NOSSA HISTÓRIA É COMO QUE UM CLARÃO

 Um povo que esquece seu passado, é um povo sem futuro. A história de luta do nosso povo será sempre um tónico no reforço da nossa angularidade. Façamos tudo, mas absolutamente tudo para que a nossa juventude tenha um conhecimento aprofundado das várias etapas que marcaram a luta dos povos de Angola contra o dominação colonial.

Não se faz o presente sem passado. O presente é e sempre uma herança do passado!

sexta-feira, 9 de abril de 2021

ÓH LÁ LÁ SR MINISTRO DA ECONOMIA... A GRANDE QUESTÃO É SABER SE ESTAMOS EM RECESSÃO ECONÓMICA OU NÃO???!!!

ÓH LÁ LÁ SR MINISTRO DA ECONOMIA... A GRANDE QUESTÃO É SABER SE ESTAMOS EM RECESSÃO ECONÓMICA OU NÃO???!!!
No meu pobre entendimento em matéria de ciência económica, entende-se recessão o declínio da actividade económica acompanhada com queda da produção, da procura e diminuição colossal do poder de compra...
O que se está a passar em Angola é precisamente isso: importamos mercadorias do exterior muito acima das nossas possibilidades cambiais. Se continuarmos com o mesmo modelo e tipo de mentalidade orçamental herdada do passado, vamos para a bancarrota. Se é que o país já não está na bancarrota!!!??? Só quem não tem olhos de ver, é que não vislumbra a gravidade enferma da nossa economia.
Basta visitarmos os nossos mega centros comerciais, onde podemos constatar a reality do problema: subida vertiginosa de preços, assim como a limitação na compra de alguns produtos... Além do mais os angolanos perderam grandemente o poder de compra. Perante os factos não existem dúvidas de que estamos em recessão económica.
Senhor Ministro da Economia, a grande verdade verdadeira é esta: temos um OGE chorudo acima das nossas receitas, nisto temos um défice na nossa balança de pagamentos e para resolvermos o défice orçamental precisamos de produzir mais e mais e ao mesmo tempo elaborarmos um plano de renegociação da nossa dívida com o exterior, começando com o nosso maior credor - a China, seguindo-se-lhe outros credores. Caso contrário, só um milagre pode livrar-nos da bancarrota, no caso se tivermos uma subida colossal do preço do barril de petróleo, acima dos 70 dólares. Situação que no actual contexto se afigura difícil, tendo em conta a entrada do Irão em força no mercado do petróleo, assim como a disputa entre a Rússia e a Arábia Saudita.

quinta-feira, 8 de abril de 2021

COMO ESCAMOTEAR A HISTÓRIA DE UMA ORGANIZAÇÃO DA DIMENSÃO DO MPLA


Não consigo sinceramente compreender como é possível que ilustres figuras e quadros do MPLA não se questionam concretamente sobre o 10 de Dezembro de 1956, ou seja sobre a verdadeira história da formação do MPLA: Quem foram as personalidades e mentores do projecto MPLA? Em que local teve lugar a Proclamação do Manifestado que levou a criação do MPLA? Personalidades e grupos presentes...?
Dados históricos apontam que o MPLA (saído do partido comunista de Angola), não teve génese em Angola e que Dr Agostinho Neto não foi parte da criação do Movimento.
Foi efectivamente Mário Pinto Lemos de Andrade que fundou o MPLA e coadjuvado por Viriato da Cruz, Matias Migueis e José Miguel.
Agostinho Neto substitui Mário Pinto de Andrade, numa Conferência realizada em 1962 em Leopoldville (Kinshasa) RDC, cercada de uma autêntica confusão, com distúrbios e tiroteios a mistura, que dividiu o MPLA em pró-Neto e pró-Mário de Andrade. Perante a dimensão dos distúrbios, o primeiro ministro congolês da época Cyrril Doula, foi forçado a expulsar o MPLA de Leopoldville (Kinshasa), deslocalizando para Brazzaville (então Rep. Popular do Congo).
Também é verdade que Agostinho Neto ao aba-ganhar a hierarquia do MPLA, veio a dar um grande dinamismo ao Movimento.
A historiografia antropológica de Angola deve ser Imaculada. Exige-se fermente coragem política, para que as gerações vindouras não continuem a viver da Mentira.
Viva Angola!
Viva a verdadeira historiologia de Angola!


domingo, 28 de março de 2021

O SIMBOLISMO DE IMAGENS NOS TEMPLOS CATÓLICOS


Não nos deixemos levar pela vã propaganda, de que os católicos são idolatras... é preciso saber o verdadeiro significado de idolatria ou seja o que é idolatria? Muitos criticam a Igreja católica por estar ornamentada de imagens... que belo! Estas imagens/fotografias dão uma beleza aos nossos templos. As imagens em nossas igrejas têm um grande significado: é representação simbólica daquilo que acreditamos... por exemplo, o crucifixo...ao olharmos neste instrumento, para nós sagrado, vemos o historial da paixão e morte de Nosso Senhor Jesus Cristo. O crucifixo, ajuda-nos a meditação plena, e mais facilmente estarmos em sintonia com Deus Pai, o Deus que todas as religiões monoteístas adoram... o Deus de Abraão!
Todos nós temos de uma maneira ou outra fotografias em nossas casas, que retratam um certo simbolismo (foto de um parente chegado:pai, mãe, tio, avó etc...), que nos levam muitas vezes a estarmos em sintonia imanente e transcendente com nossos entes queridos.
Os católicos não adoram imagens de escultura, os católicos adoram e acreditam apenas num Ser Supremo, que é o Deus que os nossos antepassados, Abraão, Isaac... nos deixaram como legado!

DETURPAÇÃO DA VERDADE HISTÓRICA DA BATALHA DE KUITO KWANAVALE


1. Os dados históricos são infalíveis... tardam, mas vêem sempre ao de cima! Ligar a Batalha de Kuito Kwanavale com a libertação da África Austral é um autêntico disparate e falta de conhecimento sócio-histórico. É preciso lembrar aqui aos lunáticos, cépticos/fanáticos políticos da nossa praça, de que o Conflito Interno Angolano caracterizou-se no contexto da Guerra Fria, onde a ingerência das duas superpotências (EUA e URSS) foi notória.
2. Não ousando, porém, confrontar-se directamente, EUA e URSS apoiavam os seus aliados em conflitos regionais localizados, nos quais se enquadra a região da África Austral, fornecendo tropas, conselheiros e material de guerra.
3. Com a aprovação da Resolução 435/78 do CS das Nações Unidas, começava com grande ênfase a busca de uma solução diplomática, que visava em primeiro lugar a libertação da Namíbia e concomitantemente com as várias tentativas de acordos entre as partes angolanas em conflito - governo da República Popular de Angola e a UNITA ( acordos de Lusaka, Gbadolite, Nova York, Bicesse entre outros), visando de forma pacífica e diplomática resolver não só o conflito de Angola como também a plena pacificação da região da África Austral.
4. As transformações que começaram depois de 1985 na URSS, com a eleição de Mikhail Gorbachev, levaram ao abrandamento da Guerra Fria e do clima de conflitualidade entre os países Ocidentais e os países de Leste, criando assim perspectivas para uma solução pacífica do conflito regional que opunha a República Popular de Angola à África do Sul. Neste contexto a tensão militar foi transferida para a fronteira norte, onde a RDC ex República do Zaíre, se tornava receptora do material militar enviado pelos Estados Unidos à UNITA.
5. Foi neste clima, que no ano de 1989, o presidente Mobutu do Zaíre, reuniu em Gbadolite com José Eduardo dos Santos e Jonas Malheiro Savimbi na presença de vários estadistas africanos. Esta reunião foi um fracasso, mas foi o cimentar dos acordos que se seguiram até chegar Bicesse.
6. Vale aqui dizer com veemência que o factor decisivo, que levou a Namíbia à independência e a estabilidade sócio-política na região, deveu-se efectivamente a conjuntura de então: o fim da correlação de forças entre URSS e EUA. Não existem dúvidas de que o fim da Guerra Fria favoreceu a busca da paz e estabilidade na sub-região da África Austral.
7. Não houve vencidos nem vencedores - fomos todos galardoados com as mudanças vindas da terra de Mikhail Gorbachev.

ONDE ESTÁ A VERDADEIRA LITERATURA ANGOLANA?


A literatura unilateral de vitórias de guerras, como a do Kwito-Kwanavale, não resumem as grandes vertentes que deveriam ter a nossa Literatura, marcada por páginas douradas que muito engrandeceriam Angola e os angolanos.

A Literatura é espelho da historiografia e da antropologia de todo um povo e não de um grupo oligárquico!

A atenção e recomendação vai para os nossos escritores, no sentido de darem a conhecer aos angolanos a nossa verdadeira Angola em todas as suas dimensões