Portugal, então potência colonizadora de Angola, recusava na pessoa de António de Oliveira Salazar, em conceder a independência de Angola, afirmando que Angola era parte integrante de Portugal e que os seus habitantes eram também portugueses, pelo que não se justificava a independência.
Face a recusa de Portugal em promover a descolonização, surgem em Angola na década de 1950 as primeiras Organizações Políticas anticoloniais: a FNLA (Frente Nacional de Libertação de Angola), MPLA (Movimento Popular de Libertação de Angola), e na segunda metade da década de 1960surge a UNITA (União Nacional para Independência Total de Angola). Começava, assim em Angola a Luta de Libertação Nacional que teve início em 1961 e que durou aproximadamente 14 anos.
A intensidade da Luta Armada, o seu arrastamento, e o elevado número de vítimas, contribuíram para o Golpe de Estado de 25 de Abril de 1974 em Portugal. A queda do Governo Fascista de Portugal, foi uma consequência das Guerras de Libertação Nacional nas então colonias ( Angola, Guiné Bissau Moçambique...), aceleraram o processo para independência desses territórios.
Portugal voltou a ser um país Democrático, abrindo caminho para o início do processo de Descolonização de Angola e a criação de condições para o Debate.
Os Movimentos de Libertação de Angola, declararam imediatamente que só aceitariam negociar com as autoridades portuguesas se estes reconhecerem o Direito à Independência e a curto prazo. Começavam, então, as conversações entre as partes: a parte angolana, representada pelos três (3) Movimentos de Libertação (FNLA, MPLA e UNITA).
Em Julho de 1974, na Conferência de Lusaka, e em Agosto do mesmo ano, ONU foram dados os passos decisivos para o processo de descolonização que levaria Angola à Independência.
NO QUÉNIA: FRENTE COMUM PARA CONVERSAÇÕES EM PORTUGAL
Em Mombaça, e na presença de Jomo Kenyatta, presidente do Quénia, os responsáveis dos principais Movimentos de Libertação de Angola, Holden Roberto, da FNLA, Agostinho Neto, do MPLA e Jonas Savimbi, da UNITA, acordaram uma Frente Comum com vista as negociações marcadas para Portugal, com o objectivo de alcançar rapidamente à Independência de Angola.
No final da reunião os Líderes angolanos reconhecem-se uns aos outros como partidos independentes, com iguais direitos e responsabilidades. Acordaram ainda, não estarem preparados para assumir imediatamente o poder e que é necessário um período de transição, no qual Portugal colabore, antes de a Independência lhes ser dada.
Em Mombaça foi elaborada de 3 e 5 de Janeiro de 1975, pelos três Movimentos uma Declaração de princípios que tinha em vista uma Frente Única para a Cimeira que se realizaria em Portugal a partir de 10 de Janeiro de 1975 com o Governo Português.
Realizavam-se assim, de 10 à 15 de Janeiro de 1975, os Acordos de Alvor que entre vários pontos firmados destacam-se os seguintes: o Estado Português reconhece os Movimentos de Libertação - FNLA, MPLA e UNITA, como únicos e legítimos representantes do Povo Angolano; reafirma o reconhecimento do direito à Independência e afirma que Angola constitui uma entidade una e indivisível, nos seus limites geográficos e políticos atuais; marcação para 11 de Novembro de 1975, a data da proclamação da Independência; formação de um Governo de Transição à empossar em 31 de Janeiro de 1975; composição das forças armadas unificadas; aspectos relacionados com os desalojados angolanos e o reagrupamento de pessoas; a organização, por parte do Governo de Transição, das eleições para uma assembleia Constituinte, no prazo de nove (9) meses, a parir de 31 de Janeiro de 1975; candidaturas serão vedadas a todas as forças politicas com excepção dos Movimentos signatários deste Acordo - a FNLA, o MPLA e a UNITA - reconhecidos pelo Governo Português como únicos representantes legítimos do povo angolano...
Muito bom seu artigo. Me ajudou bastante na investigação para um trabalho de escola que eu precisei de fazer... Nota Mil e parabéns pela iniciativa....
ResponderEliminarMe ajudou muito, obrigado
EliminarA mim também foi muito util
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ResponderEliminarSempre pronto a servir Angola e os angolanos!
ResponderEliminarSempre pronto a servir Angola e os angolanos!
ResponderEliminarGrato pelo conteúdo...
ResponderEliminarPudi tirar muito proveito desse artigo.
ResponderEliminarMuito grata me ajudou bastante pelo meu trabalho.
ResponderEliminarEu é que agradeço por poder servir...!
ResponderEliminarMuito obrigada, a matéria ajudou me muito...
ResponderEliminarSó a sua matéria para me ajudar na minha defesa 🤗 muito obrigada
ResponderEliminarMuito obrigada,a tua material é super objetiva
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