sábado, 5 de outubro de 2013

O VENDAVAL EUROPEU

Os europeus não apreenderam as lições do passado. A história não se apaga. A história é um indicador que nos ajuda a ler os sinais do tempo.

 As grandes convulsões políticas e sociais que deram lugar as guerras cíclicas na Europa no século XIX e a Grande Depressão dos anos 30 do século XX, deviam servir de lição para os europeus e para o mundo no geral. Foram os egoísmos e as ambições desmedidas, as  políticas liberais capitalistas, o totalitarismo e o expansionismo, que levaram ao exacerbar dos Nacionalismos e um clima de terror na Europa e que deu origem à Regimes Ditatoriais, como foram os casos do Nazismo na Alemanha, do Fascismo na Itália e Portugal, do Franquismo em Espanha, do Estalinismo na URSS, etc...

As políticas de austeridade que vimos acompanhando nos países da UE (união europeia), podem levar a desintegração de alguns países europeus, podendo mesmo pôr em causa a sobrevivência da moeda única - o Euro -. Verdade seja dita, de que grande parte destes países estão perdendo sua soberania...

A União Europeia é uma manta de retalhos, onde cada retalho tem um peso e um valor. A hegemonia da Alemanha e da França na Europa, são provas efectivas de que a Europa precisa de um novo paradigma de políticas de integração baseada na solidariedade colectiva, tento sempre em atenção, que a Europa não é uma unidade como tal, mas um agregado de povos com realidades diferentes umas das outras...Parlamento Europeu, Strasbourg, União Europeia, Ue

     

sexta-feira, 28 de junho de 2013

ANGOLA - A CONJUNTURA DA TRANSIÇÃO PARA INDEPENDÊNCIA

Portugal, então potência colonizadora de Angola, recusava na pessoa de António de Oliveira Salazar, em conceder a independência de Angola, afirmando que Angola era parte integrante de Portugal e que os seus habitantes eram também portugueses, pelo que não se justificava a independência.

Face a recusa de Portugal em promover a descolonização, surgem  em Angola na década de 1950 as primeiras Organizações Políticas anticoloniais: a FNLA (Frente Nacional de Libertação de Angola), MPLA (Movimento Popular de Libertação de Angola), e na segunda metade da década de 1960surge a UNITA (União Nacional para Independência Total de Angola). Começava, assim em Angola a Luta de Libertação Nacional que teve início em 1961 e que durou aproximadamente 14 anos.

A intensidade da Luta Armada, o seu arrastamento, e o elevado número de vítimas, contribuíram para o Golpe de Estado de 25 de Abril de 1974 em Portugal. A queda do Governo Fascista de Portugal, foi uma consequência das Guerras de Libertação Nacional nas então colonias ( Angola, Guiné Bissau  Moçambique...), aceleraram o processo para independência desses territórios.

Portugal voltou a ser um país Democrático, abrindo caminho para o início do processo de Descolonização de Angola e a criação de condições para o Debate.

Os Movimentos de Libertação de Angola, declararam imediatamente que só aceitariam negociar com as autoridades portuguesas se estes reconhecerem o Direito à Independência e a curto prazo. Começavam, então, as conversações entre as partes: a parte angolana, representada pelos três (3) Movimentos de Libertação (FNLA, MPLA e UNITA).

Em Julho de 1974, na Conferência de Lusaka, e em Agosto do mesmo ano, ONU foram dados os passos decisivos para o processo de descolonização que levaria Angola à Independência.


NO QUÉNIA: FRENTE COMUM PARA CONVERSAÇÕES EM PORTUGAL

Em Mombaça, e na presença de Jomo Kenyatta, presidente do Quénia, os responsáveis dos principais Movimentos de Libertação de Angola, Holden Roberto, da FNLA, Agostinho Neto, do MPLA e Jonas Savimbi, da UNITA, acordaram uma Frente Comum com vista as negociações marcadas para Portugal, com o objectivo de alcançar rapidamente à Independência de Angola.

No final da reunião os Líderes angolanos reconhecem-se uns aos outros como partidos independentes, com iguais direitos e responsabilidades. Acordaram ainda, não estarem preparados para assumir imediatamente o poder e que é necessário um período de transição, no qual Portugal colabore, antes de a Independência lhes ser dada.

Em Mombaça foi elaborada de 3 e 5 de Janeiro de 1975, pelos três Movimentos uma Declaração de princípios que tinha em vista uma Frente Única para a Cimeira que se realizaria em Portugal a partir de 10 de Janeiro de 1975 com o Governo Português.

 Realizavam-se assim, de 10 à 15 de Janeiro de 1975, os Acordos de Alvor que entre vários pontos firmados destacam-se os seguintes: o Estado Português reconhece os Movimentos de Libertação - FNLA, MPLA e UNITA, como únicos e legítimos representantes do Povo Angolano; reafirma o reconhecimento do direito à Independência e afirma que Angola constitui uma entidade una e indivisível, nos seus limites geográficos e políticos atuais; marcação para 11 de Novembro de 1975, a data da proclamação da Independência; formação de um Governo de Transição à empossar em 31 de Janeiro de 1975; composição das forças armadas unificadas; aspectos relacionados com os desalojados angolanos e o reagrupamento de pessoas; a organização, por parte do Governo de Transição, das eleições para uma assembleia Constituinte, no prazo de nove (9) meses, a parir de 31 de Janeiro de 1975; candidaturas serão vedadas a todas as forças politicas com excepção dos Movimentos signatários deste Acordo - a FNLA, o MPLA e a UNITA - reconhecidos pelo Governo Português como únicos representantes legítimos do povo angolano...

quarta-feira, 24 de abril de 2013

O FIM DO REGIME DO APARTHEID NA ÁFRICA DO SUL

Depois de um longo período, sob dominação do regime de Apartheid, e com maior incidência na 2ª metade do século XX, os Nacionalistas Sul africanos e todos Sul Africanos amantes da Paz, da Democracia, da Integração entre os Povos e do Progresso, moveram uma Luta de Resistência contra a minoria Branca que Governava à África do Sul e mantinha os seus concidadãos negros e não só, sob opressão.

Os Países da região da África Austral integrados no Movimento PLF (Países da Linha da Frente), e mais tarde na SADCC, desenvolveram esforços no sentido de pôr fim o Apartheid e a implementação de um Regime Multirracial e Democrático na África do Sul.

Após uma longa e decisiva caminhada, a África do Sul entrava a partir de 1990 num Processo de Transição e de seguida as Primeiras Eleições Multirraciais e Democráticas, que tiveram lugar à 27 de Abril de 1994 e elegia Nelson Mandela, como o primeiro 1º presidente negro da história da África do Sul.

Com a queda do Apartheid na África do Sul, estavam assim, coroados de êxitos os esforços e empenho dos países da sub - região da África Austral, assim como da comunidade internacional que sempre condenaram o regime hediondo do apartheid...    

quarta-feira, 10 de abril de 2013

A INDEPENDÊNCIA DA NAMIBIA

A 17 de Dezembro de 1920, o Conselho da Sociedade Das Nações (SDN) ao abrigo do artigo 22º do Tratado de Versalhes (1919), concedeu a Namíbia à África do Sul para a administrar como parte integrante do seu território. A cedência do território ocorreu na sequência da derrota da Alemanha na Primeira Guerra Mundial (1914 - 1918) - A Alemanha perdeu todas as sua possessões coloniais e passou em regime de mandato ao Reino Unido para ser administrado pela sua ex-colónia do Cabo.

A Organização da s Nações Unidas (ONU) substituta da SDN na sua resolução 269 do Conselho de Segurança de 12 de Agosto de 1969 decretou o fim do mandato da África do Sul sobre o território, ao mesmo tempo que reconheceu a legitimidade da luta pela libertação da Namíbia, levada a cabo pela Organização dos Povos do Sudoeste Africano (SWAPO) desde 26 de Agosto de 1966.
    
A independência da Namíbia proclamada à 21 de Março de 1990, teve o engajamento dos PLF(países da linha da Frente), da SADCC, de países amigos e em particular a grande contribuição de Angola no apoio as forças que lutavam para a libertação e independência da Namíbia.

Angola ajudou politicamente, assim como militarmente a Namíbia. Neste contexto a África do Sul atacava e ocupava militarmente regiões do sul de Angola, alegando perseguição às forças da Swapo (braço armado para libertação da Namíbia), que tinham bases em Angola e também treinados por angolanos. 

O processo para independência da Namíbia teve contornos difíceis que levou à confrontações direitas de forças regulares da África do Sul, que combatiam as forças armadas angolanas (Fapla), que se batiam lado à lado com as forças armadas cubanas, que ajudavam o Governo e o Estado angolanos a defenderem-se da invasão estrangeira.

A situação na região da África Austral tornava-se intolerável e insustentável. O regime do Apartheid (da África do Sul), intensificava as suas acções belicistas no interior da Namíbia e nos territórios vizinhos.

Os Países da Linha da Frente e vários países progressistas, coordenaram esforços com as Nações Unidas sobre a aplicação da Resolução 435/78 do Conselho de Segurança de 29 de Setembro sobre a independência da Namíbia.

Perante este embrolhaço, as Nações Unidas empenhavam-se na busca de uma solução pacífica que pudesse pôr fim os confrontos na África Austral, assim como levar a Namíbia à independência.

Depois de várias sessões de negociação, na sede das Nações Unidas, a África do Sul concordaria conceder à independência da Namíbia e a retirada de suas forças militares do território angolano e em contra partida, Angola aceitava a retirada faseada das forças militares cubanas que apoiavam as forças angolanas.   

Foi neste sentido que se confirmava a assinatura dos ACORDOS DE NOVA IORQUE à 22 de Dezembro de 1988 que punha fim em parte a instabilidade na África Austral e começava o Processo de Descolonização da Namíbia
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quarta-feira, 20 de março de 2013

A LINHA DA FRENTE: OBJECTIVOS DA SUA CRIAÇÃO

A Linha da Frente foi a primeira forma de Coordenação e Integração Regional formalmente reconhecida dos países da África Austral e visava a Mobilização e Cooperação de esforços para fortalecer os Movimentos de Libertação Nacional que lutavam contra a opressão colonial na regão.

A 15 de Fevereiro de 1965 os presidentes da Tanzânia (Julius Nyerere), e da zâmbia (Kenneth Kaunda), reuniram-se em Lusaka (capital da Zâmbia) para analisar a situação política na Rodésia do sul (contra o plano da minoria branca de proclamar unilateralmente a independência do território).

A reunião de lusaka marcou o nascimento e o inicio da actividade da linha da frente. Só em 1969 foi utilizada pela primeira vez a expressão PLF.

Em Abril de 1977, os presidentes Agostinho Neto, de Angola, Samôra Marchel, de Moçambique, Seretse Khana, do Botswana, Julius Nyerere, da Tanzânia e Kenneth Kaunda, da Zâmbia, reunidos em Lusaka, intensificaram  esforços e criaram um novo dinamismo para a Linha da Frente, no sentido de rapidamente conseguir-se resultados na luta que visava o derrube do colonialismo e do apartheid na sub região da África Autral. 

Os países da Linha da Frente, uniram esforços no sentido de travar as acções de desestabilização militar, desencadeadas pelo regime do Apartheid da África do Sul contra os países independentes da região.

A Linha da Frente, tinha por objectivo a libertação total dos povos e territórios oprimidos e sob dominação política, económica e social na África Austral.

A independência do Zimbabwe foi sem dúvidas uma victória do movimento da Linha da Frente:

Solidificada a organização, os estados independentes da região sentiram a necessidade de se engajarem no seu desenvolvimento socio-económico, com vista à irradicação da pobreza dos países e povos da região. Foi assim que, resolveram criar à 1 de Abril de 1980 em Lusaka a Conferência para a Cooperação de Desenvolvimento da África Austral (SADCC), cujo objectivo era tornar a região forte economicamente e livre da dependência economica que alguns países tinham da África do Sul.

Na Cimeira de 17 de Agosto de 1992 em Windhoek, os chefes de estado e de governo da região, livre do colonialismo, não obstante a guerra civil, que ainda se fazia sentir em alguns países da região (Angola e Moçambique), a Conferência para a Coordenação e Desenvolvimento da África Austral (SADCC) , deu lugar a Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC), com o objectivo de promover a paz, reduzir a pobreza, melhorar o nivel de vida na região, fomento da cooperação nas estratégias económicas etc...

terça-feira, 19 de março de 2013

A INGERÊNCIA SUL AFRICANA NOS PROCESSOS POLÍTICOS DA REGIÃO - SUAS CONSEQUÊNCIAS

Apartir dos finais dos anos 70 do século XX, assiste-se com grande intensidade a invasão dos territórios de Angola, Zâmbia e de Moçambique por parte das forças de elite sul africanas.

As ofensivas sul-africanas aos territórios vizinhos tinham por objectivo conter as ofensivas das forças nacionalistas do Sudoeste Africano(Namibia) e da África do Sul, nomeadamente a Swapo (braço  armado da Namibia) e o ANC (braço armado da África da África do Sul, apoiados por Angola e pela maioria dos países da África Austral, pertencentes à organização da Linha da Frente.

A África do Sul desenvolveu inúmeras acções de desestabilização contra os países da região, com a cumplicidade e apoio de países ocidentais, com particular destaque os EUA...

 O regime de apartheid criou unidades militares especificamente para desestabilizar países vizinhos, como foram os casos do Batalhão Bufalo, também conhecido 32º Batalhão, os Comandos de Reconhecimento, o Destacamento Especial Sul Africano, o 44º Batalhão de Para-quedistas e os Cofutes (tropas de origem Namibiana - dócil ao regime do apartheid).

Na década de 80, as tropas Sul-Africanas ocuparam um vasto território nas províncias do Cunene e do Kwando Kubango, com o objectivo de manter os países da região, particularmente Angola, sob continua pressão militar, no sentido do então governo da república popular de Angola ceder, permitindo a retirada das tropas Cubanas que lado a lado com as forças armadas populares de angolanas (FAPLA),  combatiam as forças Sul Africanas...

segunda-feira, 4 de fevereiro de 2013

O DESPERTAR DA ÁSIA E DA ÁFRICA

O FIM DOS IMPÉRIOS COLONIAIS

Depois da 2ª guerra mundial as colónias europeias na África e na Ásia, estimuladas pelo princípio de autodeterminação dos povos, defendido na Carta da ONU, foram conseguindo, pouco a pouco, a sua independência.

Os movimentos de descolonização intensificaram-se após a 2ª guerra mundial, sobretudo com a criação da ONU, que defendia a autodeterminação e independência dos povos.

A luta de libertação nacional das colónias revestiu, em muitos casos, de forma violenta, através da luta armada, noutros casos, resultou em descolonização pacífica e noutros devido a pressões internacionais. 

Em meados da década de 1950 a descolonização da Ásia estava feita. Contudo, na África a luta pela libertação nacional estava ainda no início sendo o ano de 1960, considerado o ano da Áfria, por ser o ano em que mais de 20 países africanos alcançavam as suas independências.

A CRISE DE 1973

Na década de 1970 descobriu-se que o grande recurso natural, que é o petróleo, não é um recurso renovável. Em consequência, este facto serviu de pretexto para grandes variações do preço do petróleo, o que originou uma grande crise económica derivada do petróleo na década de 1970.

Esta crise provou a grande força da OPEP no controlo e estabilidade do preço do petróleo no mundo.
A crise petrolífera de 1973 teve início em Outubro de 1973 quando os membros da Organização dos Países Árabes Exportadores de Petróleo (OPAEP) proclamaram um embargo petrolífero.O embargo foi direccionado às nações que eram vistas como apoiadoras de Israel durante a Guerra de Yom Kippur. As nações alvos do embargo foram inicialmente o Canadá, o Japão, a Holanda, o Reino Unido e os Estados Unidos, com o embargo também mais tarde se expandindo a Portugal, a Rodésia e a África do Sul. até o fim do embargo, em Março de 1974, o preço do petróleo subiu de US$3 por barril para cerca de $12 no mundo inteiro; Os preços nos Estados Unidos foram ainda maiores. O embargo causou uma crise de petróleo, ou ''choque'', com muitos efeitos de curto ou longo prazo na política e economia global. Mais tarde, foi chamado de o ''primeiro choque do petróleo'', seguido pela crise do petróleo de 1979, chamado de o ''segundo choque do petróleo''.    

O FIM DO REGIME COMUNISTA NA URSS

A partir de 1985 Mikhail Gorbatchev, assume o poder na URSS e leva a cabo um conjunto de medidas para renovar as políticas internas e externas da União Soviética.

As reformas de Gorbatchev ficaram conhecidas pelas designações «perestroika» (reestruturação) e «Glasnost» (transparência).

As reformas consistiram, sobretudo, em:
* abrir a economia a iniciativa privada e ao investimento estrangeiro;
* renovar os quadros da administração, empregando jovens técnicos qualificados;
* realizar uma abertura com o ocidente, através de negociações diplomáticas para o desarmamento nuclear, contribuindo assim para o fim do clima de «guerra fria».

O desenvolvimento da perestroika conduziria, nos finais de 1980 e princípios da década de 1990, à desagregação da URSS em vários Estados independentes e ao processo de liberalização da economia e de democratização da vida política.    

OS ANOS 60 DO SÉCULO XX E A CONTESTAÇÃO JUVENIL

A juventude dos anos 60 (década de 1960) cresceu num clima conturbado, marcado pela Guerra Fria, pela guerra do Vietname, pelo crescimento da sociedade de consumo, pela modificação dos valores tradicionais...
Estes jovens manifestavam-se contra os valores da sociedade burguesa, contra a guerra e contra a sociedade de consumo. Contudo, as suas atitudes não eram compreendidas pelos mais velhos, dando origem a um conflito de gerações.

Nesta época surgiram diversos movimentos de juventude, que contestavam a sociedade de consumo. O movimento mais conhecido foi o movimento hippie, composto por jovens das classes médias ou de grupos intelectuais, que se opunham aos valores materiais e à violência. Defendiam um regresso à vida com a Natureza, a liberdade, a paz e o amor sem preconceitos ou limites.

Em 1968, os movimentos estudantis atingiram uma expressão política. Em França, em Maio de 1968  desencadeou-se um movimento que teve início nas universidades de Paris e rapidamente se alastrou a toda a França, paralisando o país com greves e manifestações durante três semanas.

Também na Alemanha, na Itália e em outros países se verificaram movimentos semelhantes.

Nos Estados Unidos da América os movimentos de juventude manifestavam-se contra a guerra no Vietname, divulgando o slogan «make love not war».


A SITUAÇÃO DAS MINORIAS

A segunda metade do século XX foi marcada, em muitos países do Mundo, por problemas e conflitos relacionados com a situação das minorias:
           * os negros, particularmente nos EUA, lutaram contra a segregação racial;
           * os imigrantes, quer nos EUA quer nos países europeus, lutaram contra a segregação étnica;
           * os católicos, na Irlanda do Norte, lutaram contra a segregação religiosa e política, o mesmo
              acontecendo na Indonésia e em outros países islâmicos.

Constituem também motivos de segregação diferenças culturais, linguísticas, políticas e outras. Um dos maiores símbolos da luta pela igualdade de direitos nos EUA  foi Martin Luther King, cujo tema «I have a dream» («eu tenho um sonho»), do seu discurso proferido em 1963, ainda hoje é citado como lema contra todo tipo de desigualdades.Foi assassinado em 1968, tornando-se um símbolo da defesa dos direitos das minorias étnicas nos EUA.

O movimento feminista também se desenvolveu muito nos Anos 60: as mulheres exigiam a igualdade de direitos e uma maior participação na sociedade.

O PLANO MARSHALL

A Europa, arruinada e endividada, saiu profundamente abalada da 2ª Guerra Mundial. O Estados Unidos da América desenvolveram então um plano de ajuda para a reconstrução dos países europeus.

Em 1948, o Presidente Truman aprovou um programa para a reconstrução dos países da Europa ocidental, devastados pela guerra. Esse programa viria a ser conhecido por Plano Marshall (nome do general americano que se distinguiu na proposta e na defesa desse plano).

Os principais objectivos desde plano eram:
 - ajudar economicamente a Europa ocidental, reconstruindo as indústrias e reactivando o comércio;
 - reforçar a posição dos EUA como superpotência e a sua hegemonia que já se fazia sentir desde o fim da 1ª Guerra;
 - evitar o avanço do comunismo: uma Europa debilitada poderia ser um campo aberto à entrada do comunismo a da influência soviética.

AS CARACTERÍSTICAS DA GUERRA FRIA

O clima de Guerra Fria levou as duas superpotências mundiais a uma corrida aos armamentos, que íncluia as armas nucleares e o apio a conflitos localizados. Foi também um período de espionagem intensa, com a intervenção das polícias secretas, nomeadamente a CIA (EUA) e o KGB (URSS).

Não ousando, porém, confrontar-se directamente, EUA e URSS passaram a apoiar os seus aliados em conflitos regionais, fornecendo tropas, conselheiros e material de guerra. Desenvolveu-se, assim, a luta por zonas de influência que originou um  mundo bipolar. Esta luta conduziria ao «equilíbrio pelo terror».

O primeiro foco de tensão entre a URSS e os EUA ocorreu com a Questão de Berlim (1948 - 1949) que conduziu à continuação da divisão daquela cidade, mas também à divisão da própria Alemanha em duas: a Alemanha de Leste (que iria adoptar a designação de República Democrática Alemã - RDA) e a Alemanha Ocidental (que adoptaria o nome de República Federal da Alemanha - RFA).

O que se entende então por Guerra Fria?
 Guerra Fria é nome dado ao período de grande antagonismo e de forte tensão entre os EUA e a URSS, a partir do final da 2ª Guerra Mundial; apesar de não ter havido um conflito armado, houve constantes provocações mútuas, temendo-se a deflagração de uma nova guerra mundial.   

domingo, 3 de fevereiro de 2013

A ORGANIZAÇÃO DAS NAÇÕES UNIDAS - ONU

A 25 de Junho de 1945, reuniram-se em S. Francisco (EUA), representantes de 51 Estados para aprovarem a criação de uma organização para a preservação da paz no mundo: a Organização das Nações Unidas - ONU.

Os principais objectivos da ONU são:
- proteger as gerações vindouras do flagelo da guerra, ou seja, evitar  novos conflitos e manter a paz no Mundo;
- promover a cooperação económica e social entre os povos;
- promover o respeito pelos direitos humanos.

Sob a jurisdição da ONU, funcionam diversas Instituições Especializadas, que têm uma grande importância a nível mundial, nos mais diversos domínios.
A ONU tem tido ddesde a sua fundação, um valioso papel na cooperação internacional, na acção das suas Instituições Especializadas, na procura de solução para os conflitos regionais e na promoção dos direitos humanos e liberdades fundamentais ( em Dezembro de 1948 a ONU aprovou a Declaração Universal dos Direitos do Homem).

NOVA ORDEM MUNDIAL SAÍDA DA 2ª GUERRA MUNDIAL

A nova ordem mundial saída da guerra ficou marcada por profundas transformações, nomeadamente:

* o declínio da Europa e a sua divisão em duas zonas de influência;
*a supermacia de duas grandes superpotências (EUA e URSS) e a  formação de dois blocos antagónicos: a URSS liderava o Bloco de Leste (Comunista) e os EUA lideravam o Bloco Ocidental (capitalista);
* os movimentos de descolonização, por vezes pacíficos, resultando de acordos entre colonizadores e colonizados, outras vezes violentos, originando guerras de libertação, conduziram ao desmoronamento dos impérios coloniais;
* a criação de uma organização mundial para a perservação da paz (ONU - Organização das Nações Unidas).

CONFERÊNCIAS DE IALTA E DE POTSDAM / APÓS 2ª GUERRA MUNDIAL

Os dirigentes dos países vencedorares, reuniram-se em diversas conferências para resolverem os problema resultantes do conflito (da 2ª guerra mundial). Destas conferências destacaram-se as de Ialta (Ucrânia) e a de Potsdam (Alemanha), em 1945.

Destas reuniões saíram importantes decisões para a Europa e para o Mundo: 
*a Alemanha foi dividida em quatro zonas que ficaram sob a administração dos EUA, da Inglaterra, da França e da URSS;
*a Alemanha perdeu todos os seus territórios conquistados, foi desmilitarizada e «desnazificada»;
* os altos dirigentes e as instituições nazis foram julgados num tribunal internacional, realizado em Nuremberga;
* o Japão foi temporariamente administrado pelos Estados Unidos da América;
* na Palestina, em 1948, foi criado o Estado de Israel como forma de compensação aos judeus, os quais se consideravam com direito de formar um Estado no território dos seus antepassados.

  

sábado, 2 de fevereiro de 2013

A SEGUNDA GUERRA MUNDIAL

A 2ª Guerra Mundial surgiu em consequência da política expancionista agressiva da Alemanha nazi, da Itália e do Japão. Pelos meios que envolveu, pela violência dos combates e pela duração que teve, este conflito transformou-se no mais mortífero de sempre.
A derrota da Alemanha e o lançamento da bomba atómica sobre Hiroxima (Japão) marcaram o desfecho do conflito, com a victória das democracias sobre as ditaduras.

COLAPSO DA SOCIEDADE DAS NAÇÕES               
A Sociedade das Nações não conseguiu evitar as ocupações alemãs, pelo que acabou por perder toda a credibilidade. A França e a Inglaterra, que seguiam uma política de apaziguamento, pareciam não ter consciência das intenções de Hitler, pelo que numa fase inicial também não reagiram.

  Em 1939, a Alemanha ocupou a Checoslováquia. Para evitar um conflito co a URSS assinou um Pacto de Não-Agressão Germano-Soviético com Estaline, comprometendo-se a partilhar com ele alguns territórios a ocupar. Ao mesmo tempo a Itália ocupava a Albânia.A França e a Inglaterra fizeram então um ultimato a Hitler, avisando que se houvesse outra invasão declarariam guerra.

A 1 de Setembro de 1939 as tropas de Hitler invadiram a Polónia, Como resposta, a França e a Inglaterra declararam guerra à Alemanha.

FORMAÇÃO DE BLOCOS MILITARES E ALIANÇAS
De um lado tinhamos Os Aliados liderads pela França, Inglaterra,Urss, ...
Do outro lado As Potências Centrais lideradas pela Alemanha, Itália, Japão Austria...

AS ETAPAS DA GUERRA
A primeira fase: A 2ª Guerra Mundial foi caracterizada, inicialmente, por uma guerra-relâmpago,  com rápidas e sucessivas victórias militares da Alemanha. Esta conseguiu invadir vários países da Europa, desde a Checoslováquia até a França.

A segunda fase: No pacífico, os Japoneses empreenderam um violento ataque-surpresa à base americana de Pear Harbor, a que levou a os Esados Unidos da América a entrarem na guerra ao lado dos Aliados. Com a entrada dos Americanos no conflito a guerra mundializou-se. Nesta fase houve um equilíbrio.

A terceira fase: Ficou nesta fase decidido a victória dos Aliados - a capitulação da Itália, o desembarque na Normandia(Dia D), a ocupação da Alemanha e os lançamentos das bombas atómicas sobre Hiróxima e Nagasáqui, no Japão.

CONSEQUÊNCIAS DA 2ª GUERRA MUNDIAL
As perdas humanas e materiais foram devastadoras: mais de 50 milhões de mortos e cidades inteiras destruídas, bem com vias de comunicação. Nos campos de concentração os alemãs praticaram sistematicamente o genocídio.

A GUERRA CIVIL ESPANHOLA E O FRANCESISMO

Na Espanha se formou, em 1936, um Governo de Frente Popular para fazer face a crise económica-financeira. Este Governo seria derrubado por uma conspiração, das forças nacionalistas conservadoras, com apoio do clero e de parte do exército, que conduziu a uma revolta militar, chefiada pelo general Francisco Franco.

Iníciou-se então a guerra civil que dorou três anos.

Em 1939, os nacionalistas saíram vencedores e instaurou-se o regime autoritário franquista.

Os dois blocos em confronto na guerra civil espanhola contaram com apoios estrangeiros: a Itália fascista e a Alemanha nazi ajudaramos os Nacionalistas; a URSS apoiou os Republicanos.

A guerra civil espanhola foi ganha pelas forças nacionalistas/franquistas. Serviu de ensaio a novas técnicas em confronto na 2ª Guerra Mundial.

OS REGIMES FASCISTA E NAZI

A grave crise económica que afectou a Europa nos anos 30 contribuiu para a implementação de regimes ditatoriais em alguns países. Na Itália instalou-se o fascismo e na Alemanha o nazismo.

O Partido Nacional Fascista, foi criado por Benito Mussolini, e chegou ao poder em 1922 e ganha as eleições de 1924 de forma autoritária, instalando assim em Itália a ditadura do chefe.

 Adolf Hitler, foi a fundador do Partido Nacional Socialista (Partido Nazi). O partido Nazi prometia fazer oposição ao Tratado de Versalhes, defendia uma nova Alemanha, rica e forte, só para os Alemãs, opunha-se à democracia e ao comunismo; visava também acabar com os Judeus e outros que causaram prejuísos aos Alemãs.

Hitler chega ao poder nas eleições de 1934 e instala uma ditadura assim como uma política militarista e expancionista.

A GRANDE DEPRESSÃO ECONÓMICA DOS ANOS 30


Após o fim da Primeira Guerra Mundial as economias europeias começaram a recuperar. Na década de 1920 as fábricas voltaram a produzir e vivia-se um clima de prosperidade económica. Contudo, esta situação durou pouco. Em 1929 iniciou-se uma das mais graves crises do sisema capitalista. O descrédito na economia aumentou e o desemprego e a miséria dispararam.

Esta crise iniciou-se nos Estados Unidos da América, mas, devido à preponderância da economia americana, rapidamente se estendeu a todo Mundo. Este período da crise ficou conhecido como a GRANDE DEPRESSÃO DOS ANOS 30.

Os principais facores que explicam a Grande Depressão Económica de 1929 foram a crise de  superprodução, que provocou um desequilíbrio entre a oferta e a procura e a especulação bolsista.

A crise foi despoletada pelo crash da Bolsa de Valores de Wall Street em Nova Iorque, em 24 de Outubro de 1929, que rapidamente se traduziu numa crise financeira.

A crise financeira e crise económica desencadearam um «ciclo vicioso»: falência de empresas, subida vertiginosa do desemprego, queda do poder de compra e consequenemente diminuição do consumo, acumulação de stocks de mercadorias e a baixa acentuada de preços. Esta crise provocou problemas e tensões socias, sobretudo pelo desemprego e pela proletarização das populações.

domingo, 27 de janeiro de 2013

CONSEQUÊNCIAS DA 1ª GUERRA MUNDIAL

A Europa saiu profundamente debilitada e abalada da primeira guerra mundial. As consequências da guerra fizeram-se sentir a vários níveis:

*Consequências Políticas - Queda dos grandes impérios e o aparecimento de novos estados, definiu--se um novo mapa político na Europa.

*Consequências Demográficas - Cerca de 8 milhões e meio de pessoas morreram e perto de 20 milhões ficaram motilados(inválidos)

*Consequências económico-financeiro - Milhares de fábricas, campos e vias de comunicação ficaram destruídos, a prudução agricula e industrial baixou grademente, provocando a desvalorização da moeda e ao aumento da inflação.

*Consequências Sociais - Fome, desemprego alarmaram a Europa. As classes sociais empobreciam cada vez mais, provocando uma certa agitação social, as mulheres que antes não trabalhavam fora de casa entraram no mundo de trabalho e conquistaram também direito de voto.

A 1ª Guerra Mundial marcou assim o fim da  supermacia europeia no controlo e dominio do mundo, e o surgimento dos Estados Unidos da América como potência dominadora...

OS QUATORZE (14) PONTOS DE WOODROW WILSON

Woodrow Wilson, notabilizou-se pela grande influência que teve no processo do pôs primeira guerra mundial, ao elaborar os 14 pontos da proposta de paz que visava restaurar a Europa...

Podemos, assim, considerar que o presidente americano Woodrow Wilson, foi um dos personagens centrais no processo de paz que sucedeu a primeira guerra mundial (1914 - 1918). As propostas de Woodrow Wilson serviram também de base para a criação da Sociedade das Nações (SDN). Tendo sido por este feito galardoado em 1919 com o Prémio Nobel da Paz.

As propostas de Woodrow Wilson, foram apresentadas ao Congresso Americano, que as resjeitou e fez com que os Estados Unidos da América não fossem parte do Tratado de Versalhes, não obstante a base do documento ter sido elaborado pelo presidente americano W. Wilson.

Eis os 14 pontos da Proposta de Paz de Woodrow Wilson:

1- Pactos de Paz que permitem uma Diplomacia franca e aberta...

2- Liberdade de navegação nas águas internacionais, quer em tempos de guerra ou de paz...

3- Abolição das barreiras económicas entre os estados e o estabelecimento de igualidade nas condições comerciais entre todas as nações...

4- Redução dos armamentos com vista a garantir a segurança nacional dos estados...

5- Reajuste nas políticas colóniais, permitindo mais liberdade às populações, valorizando o direito das populações à sua soberania...

6- Retirada dos exércitos dos território Russo e a solução das questões que dizem respeito a Rússia,visando melhor cooperação com outros estados do mundo...

7- Restauração da soberania da Belgica, assim  como outras nações...

8- Todo território Francês deve ser libertado, esquecendo o mal que a Prússia fez a França, na questão da Alsácia e Lorena, permitindo assim a paz no interesse de todos...

9- Reajuste das fronteiras Italianas...

10-Direito ao desenvolvimento autônomo dos povos da Austria - Hungria...

11-Retirada das tropas estrangeiras da Roménia, da Sérvia e de Montenegro...

12-Reconhecimento da autonomia da parte da Turquia dentro do Império Otomano e a abertura permanente do estreito de Dardanelos...

13-Independência da Polónia, incluindo os territórios habitados por população polaca...

14-Criação de uma Organização capaz de garantir a Paz e a Segurança dos Estados assim como a Cooperação...
          

sábado, 26 de janeiro de 2013

A ASCENSÃO DOS ESTADOS UNIDOS DA AMÉRICA À POTÊNCIA MUNDIAL

Vários factores contribuiram para que os Estados Unidos se tornassem tão rápidamente numa potência, não obstante terem sido inicialmente uma colónia:

O rápido desenvolvimento económico dos Estados Unidos foi o resultado da conjugação de diversos factores desde a dimensão ( um território com uma superfície de 9 363 000 Km2 ) e riqueza do territorio ( variedades de recursos naturais ); à capacidade inovadora da sua população aliada a uma eficaz política de transpore que garantia a mobilidade de pessas e mercadorias; a livre empresa e a dimensão do mercado intenso estão na base do acelerado crescimento económico, que cedo transformou os Estados Unidos da América numa potência mundial...

A 1ª GUERRA MUNDIAL

Rivalidades Económicas e nacionalismos

A paz na Europa encontrava-se permanentemente ameaçada, nos finais do século XIX e inícios do século XX.

A concorrência económica e os nacionalismos exacerbados conduziram a rivalidades internacionais, que se acentuaram a partir da Conferência de Berlim onde foi definida a partilha de África. O domínio político sobre as áreas produtoras de matérias-primas conduziu, de facto, ao reforço do colonialismo e ao imperialismo.

A estas rivalidades somava-se a intensificação dos nacionalismos em algumas regiões da Europa:

*a França queria reconquistar a Alsácia e a Lorena, anexadas pela Alemanha desde 1871;

*Alemanha proclamava a superioridade da raça germânica - o Pangermanismo (uma forma de racismo);

*a Península Balcânica, formada por um mosaico de povos e nações, que aspiravam à independência, encontravam-se sob o domínio dos impérios Austro-Húngaro e Otomano (Turquia).


A POLÍTICA DE ALIANÇAS

Devido as rivalidades politicas, económicas e a exploração dos sentimentos nacionalistas, desenvolveu-se na Europa nos finais do século XIX e inícios do século XX um clima belicista: a «paz armada». Levando a criação de blocos militares ou seja a formação de alianças entre as mesmas:

*em 1882 formou-se a TRÍPLICE ALIANÇA, com a Alemanha, a Áustria e a Itália;

*em 1904 , formou-se a TRÍPLICE ENTENTE, constituída pela França, Inglaterra e Rússia.

O risco de uma guerra na Europa aumentavam.
Havia uma intensa corrida aos armamento e um exaltar exagerado dos sentimentos nacionalistas, qualquer incidente poderia levar a um conflito internacional. Foi justamente o que aconteceu em 1914.
No dia 28 de Junho de 1914, em Sarajevo (na Bósnia) foi assassinado Francisco Fernando, príncipe herdeiro da Coroa Áustria-Hungria, por um estudante nacionalista sérvio. Em resposta a este facto, a Áustria declarou guerra à Sérvia.
Esta declaração de guerra ativou a política de alianças existente e originou sucessivas declarações de guerra entre os países dos blocos em confronto (Tríplice Aliança e Tríplice Entente).
Começava, assim, a 1ª Guerra Mundial. 

AS FRENTES DA GUERRA

Na Europa os principais combates desenvolveram-se em três grandes frentes:

*a Frente Ocidental
*a Frente Leste
*a Frente Balcânica

 AS FASES DA GUERRA

1ª Fase: a guerra de movimentos(1914 - 1915)
Esta guerra caracterizou-se pelo avanço rápido e imprevisto(guerra relâmpago )das tropas Alemãs até próximidades de Paris.

2ª Fase: A guerra das Trincheiras(1915 - 1917)
Nesta fase cada bloco tentava impedir o avanço do outro. abriram-se longas valas - trincheiras -  onde os soldados se protegiam e apartir dos quais lançavam os ataques aos exércitos inimigos.
Travaram-se grandes batalhas, das quais se destacam: a Batalha de Verdun (França) e a Batalha da Jutlândia (Dinamarca).

3ª Fase: Retorno à guerra de movimentos (1917 - 1918)
Em 1917 alguns factos novos alteraram a situação do conflito:
* a entrada dos Estados Unidos da América no conflito, que significou uma grande vantagem para os Aliados, quer pelo apoio financeiro, quer pela participação de cerca de um milhão de combatentes enviados a Europa;
* a adesão de outros países aos dois blocos antagônicos, o que significou uma crescente mundialização da guerra;
*a Revolução Soviética (1917), que enfraqueceu a frente Oriental e motivou os soviéticos a assinar com a Alemanha uma paz separada (Paz de Brest-Litovsk), em Março de 1918;
* as crescentes dificuldades dos Alemãs devido ao bloqueio económico que os privou de alimentos e de matérias-primas.

O conflito chegaria ao fim no final do ano de 1918.


O FIM DA GUERRA E O ARMISTÍCIO
   
Em 11 de Novembro de 1918 o governo Alemão assinou, em Rethondes(França), o Armistício: suspensão das hostilidades entre os exércitos, após a rendição da Alemanha, visando o estabelecimento de condições que permitissem a assinatura de um tratado de paz (o Tratado de Versalhes).

O TRATADO DE VERSALHES: O Novo Mapa Político da Europa

Terminada a guerra, os países vencedores reuniram-se em Paris para regulamentarem a paz. Em Junho de 1919 foi assinado o TRATADO DE VERSALHES. Neste e em outros tratados que se lhe seguiram foi traçado um novo mapa político da Europa.
O  Tratado de Versalhes impôs algumas cláusulas humilhantes para a Alemanha:
* teve de restituir à França a Alsácia-Lorena;
* perdeu todas as suas colónias;
* foi obrigada a reduzir todo o seu armamento e os seus exércitos;
* teve de pagar indemnizações aos países vencedores.

A SOCIEDADE DAS NAÇÕES
  
Em Abril de 1919, ainda durante as conversações de paz do Tratado de Versalhes, foi criada a Sociedade das Nações (SDN), com sede na Suíça (Genebra).

A SDN (organismo internacional) tinha por principais objetivos:
* assegurar a paz e a segurança dos Estados, evitando novos conflitos;
* fomentar a cooperação económica, financeira, social e cultural entre os países membros.
A Sociedade das Nações tinha ainda outras finalidades e funções:
garantir a proteção das minorias; controlar e fiscalizar o desarmamento e tutelar as colónias que a Alemanha perdera no Tratado de Vershalhes.

1. A SITUAÇÃO POLÍTICA - ECONÓMICA DO MUNDO ANTES E DEPOIS GUERRA MUNDIAL

  Hegemonia e declínio da influência europeia


Nos fins do século XIX / inicios do século XX a Europa detinha uma hegemonia a nivel mundial, nos aspectos políticos, económico-financeiro, tecnico-cientifico e cultural.

A segunda do século XIX fora marcada pela disputa de áreas de influência nas regiões onde havia abundância de matérias-primas, particularmente na àfrica e no Sudeste da Ásia.

Na tentativa de solucionar as disputas entre os mais importantes Estados Europeus nessa corrida às áreas de influências, foi organizada a Confrência de Berlim (1884 - 1885), da qual resultou a «partilha de África» pelas potências coloniais europeias.