segunda-feira, 28 de outubro de 2024
NOVA ET VETERA
quarta-feira, 23 de outubro de 2024
NOSSA RESPONSABILIDADE MAIOR
Os professores de História do nosso Ensino Geral, têm a tamanha responsabilidade de HARMONIZAR Angola e os angolanos.
A clarificação real dos fatos que marcaram as várias etapas da história do nosso povo, deve ser efetivamente bem ensinada às novas gerações e sem tabus... Milhares de angolanos de diversos credos (socioculturais, políticos, religiosos etc.) contribuíram heroicamente para que hoje nos tornássemos independentes e livres da dominação colonial.
terça-feira, 22 de outubro de 2024
2.1.2 A INDUSTRIALIZAÇÃO E O DESENVOLVIMENTO TECNOLÓGICO
2.1.2. A Industrialização e o
Desenvolvimento Tecnológico
A
Revolução Industrial que teve o seu início na Grã-Bretanha entre 1755 e 1800, com a invenção da máquina a vapor e
posteriormente, a partir de 1824, com a difusão da locomotiva, e que se
alargaram depois a todo o continente europeu: 1º à França e Bélgica, depois à
Alemanha, Itália e Rússia. Estes países com subsolos ricos em carvão e ferro,
adoptaram a tecnologia inglesa e avançaram para sua industrialização, abalando
assim a hegemonia britânica.
Rapidamente a expansão industrial, com o
surgimento do barco a vapor, vai atingir a outra margem do Atlântico e
potenciar a rápida Industrialização dos Estados Unidos, que cedo acabam por
atingir a liderança da produção mundial. Do outro lado do mundo, outra futura
potência mundial, o Japão, inicia também a sua industrialização em finais do
século XIX.
Foi a partir da segunda metade do século XVIII
que as ciências exactas progrediram. A química
deixa de se confinar ao laboratório e entra na fábrica (ao serviço da
indústria), dando origem a uma infinidade de novos produtos industriais
(adubos, corantes, alumínio, explosivos etc.…). Progressos na Física (grandes invenções):
ondas de rádio, raios X, radioactividade, lâmpada eléctrica, telefone,
telégrafo... No campo da medicina surgem as vacinas e os antissépticos.
As
novas tecnologias revolucionaram tudo. O modo de vida
das populações transforma-se radicalmente com a nova sociedade da comunicação e
dos transportes. É assim que, a partir dos meados do século XIX, as expansões
gigantescas dos transportes revolucionam as estruturas da economia e da
sociedade.
2.1.4 A AFIRMAÇÃO DA URSS
No início da Primeira Guerra Mundial (1914), o czar Nicolau II reinava sobre um império multinacional (a Rússia) que, embora vasto, era muito atrasado.
Uma população maioritariamente camponesa.
Todavia, na Rússia estavam a operar-se transformações resultantes de um
processo de industrialização acelerada. Tal deu origem, nas principais cidades,
ao aparecimento de uma classe operária que, explorada e mal paga, se estava a
transformar numa poderosa força de luta contra o regime autocrático.
As
ideias socialistas que se desenvolviam na Europa
conquistaram os sindicalistas russos, os quais passaram a exercer uma grande
influência.
A revolução triunfante de Outubro de 1917
conhecida também por Revolução Bolchevista, permitiu a criação do primeiro
Estado Socialista capaz de transformar um país atrasado, como era a Rússia numa
potência económica, passados pouco mais de vinte anos.
A revolução que começou na Rússia estendeu-se
progressivamente a outros territórios e repúblicas que se foram unindo em torno
da República Russa. O objectivo era a conjugação de esforços com vista a
recuperação económica, transformando-se numa força poderosa capaz de
influenciar na situação internacional. Foi assim que em 1922 foi proclamada
a criação do Estado Socialista Soviético Plurinacional – a URSS (União das
Repúblicas Socialistas Soviéticas.
A força da coesão e da entreajuda entre os
povos deu uma aceleração inédita ao desenvolvimento de todas as repúblicas.
Muitas delas operaram um salto de um atraso pré-capitalista para a civilização
socialista.
Em 1939 a URSS, tornou-se a segunda potência
industrial, a seguir aos Estados Unidos, e apostava no seu objectivo de se
tornar a maior potência militar do mundo.
A estratégica usada pela URSS foi a planificação centralizada. Os
resultados foram rapidamente visíveis. A produção do ferro, carvão, aço,
electricidade e maquinaria aumentou extraordinariamente.
Isto explica como, ao eclodir a Segunda Guerra
Mundial, a URSS já estivesse em condições de desempenhar um importante papel ao
lado dos aliados e que, no fim da guerra, surgisse como uma das grandes
potências vencedoras.
Quando se envolveu na guerra a URSS era ainda
o único Estado comunista do Mundo. Depois da guerra, muitos milhões de pessoas
viriam a ser governadas por este sistema, alargando-se as zonas de influência
soviética a várias partes do mundo.
Em 1991,
foi extinta a União das Repúblicas Soviéticas – URSS. O seu fim pacífico foi o
resultado das transformações ocorridas dois anos antes, por iniciativa de Mikhael
Gorbatchev, o último presidente deste enorme país, e que
ficaram conhecidas por PERESTROIKA.
2.1.3 A ASCENSÃO DOS ESTADOS UNIDOS
A rápida industrialização e a criação de
impérios industriais criaram o mito da prosperidade permanente e do Anerican
way of life (modo de vida americano) que fascinou o mundo.
Vários factores contribuíram para que os
Estados Unidos se tornassem tão rapidamente numa potência, não obstante ter
sido inicialmente uma colonia.
·
A dimensão do território
O rápido desenvolvimento económico dos Estados
Unidos foi o resultado da conjugação de diversos factores desde a dimensão do
território: o EUA tem uma superfície de 9.363.000 Km2, são excedidos apenas em
superfície pela Rússia, China e Canada).
Apenas há 350 anos, o seu território pouco
mais era do que um indómito deserto virgem, embora imensamente rico, quer no
solo, quer no subsolo, ultrapassando a sua riqueza a de todas as outras regiões
do Mundo.
·
O dinamismo demográfico
As da chegada dos europeus, a América dos
Norte era povoada pelos Índios, que viviam em harmonia com a natureza, num
sistema de nomadismo. De qualquer modo, o seu número era muito reduzido, face a
dimensão do território.
Os primeiros colonos europeus chegaram a
procura de espaço, de terra barata, de uma vida livre, de aventura e de
fortuna. Procuravam uma nova sociedade onde o trabalho e o esforço fossem
compensados. Levavam consigo a experiência do ‘’velho’’ mundo e a vontade de
construir um novo mundo. Assim nasceu o sonho americano e o território
americano passou a ser a terra da promissão.
Uma população culturalmente diversificada, que
atinge um extraordinário crescimento natural, vai constituir um imenso mercado
interno, cujas necessidades precisam de ser satisfeitas.
·
As redes de transportes e a
mobilidade geográfica
A construção de redes de caminho-de-ferro vai
constituir um factor estruturante do desenvolvimento dos EUA (estados Unidos da
América).
A eficiente rede de transportes permitiu uma
extraordinária mobilidade geográfica, favorecendo o domínio do espaço e o
desenvolvimento económico.
·
O redimensionamento dos
mercados e a rapidez da difusão científico-tecnológica
O imenso mercado interno foi a chave da
industrialização dos Estados Unidos.
A sua população, sem acentuadas diferenças
sociais e aberta às inovações, estava perfeitamente adequada a um consumo de
massas, conseguindo escoar toda a produção das indústrias nascentes. Por outro
lado, a rede de transportes permitia a mobilidade geográfica dos produtos e era
factor de expansão do comércio.
·
Poder financeiro da indústria
A indústria é dominada por empresas gigantes,
constituindo trusts e holding, que afectavam uma parcela significativa dos seus
orçamentos à investigação.
segunda-feira, 21 de outubro de 2024
1.2.5 O PROBLEMA DA MEDIÇÃO DO DESENVOLVIMENTO
- MEDIÇÃO DO NIVEL DE
DESENVOLVIMENTO HUMANO DOS PAÍSES
O índice da Renda per capita é uma medida
simples e operacional, mas tem limitações e pode apresentar distorções. Por
isso, vem se tentando melhorá-lo, aperfeiçoando as suas estimativas (como por
exemplo, aditando-se nas comparações internacionais, indicadores calculados com
base no método da paridade do poder de compra, ao invés das taxas de câmbio
oficiais), seja complementando-o com outros indicadores como Educação (grau de
alfabetização) e Saúde (expectativa de vida), para definir um índice de
Desenvolvimento Humano (IDH) ou de qualidade de vida. Nem sempre os países com
mais alta renda per capita são os de mais alto nível de qualidade de vida. Repare por exemplo na Tabela abaixo, o Canadá
está na 5ª posição do ponto de vista do Produto per capita, mas tem o 3º
lugar em qualidade de vida. Já o Luxemburgo tem o 43º lugar em produto per
capita, mas ocupa a 19ª posição em termos de qualidade de vida.
O quê então o IDH (Indicador de
Desenvolvimento Humano)? É uma medida resumida do progresso a longo prazo em
três dimensões básicas do Desenvolvimento Humano: RENDA, EDUCAÇÃO E SAÚDE. O
objectivo da criação do IDH foi o de oferecer um contraponto a outro indicador
muito utilizado, o Produto Interno Bruto (PIB) per capita, que considera apenas
a dimensão económica do desenvolvimento.
TABELA DO RANKING DE ALGUNS PAÍSES
SEGUNDO O DESENVOLVIMENTO HUMANO
Fig.11 Refº ao Ano de 2015
Posição na
classificação |
Países Classificados de acordo com |
|
Produto per capita |
IDH |
|
1º |
ESTADOS UNIDOS |
NORUEGA |
Em 1995, o relatório do Desenvolvimento Humano
introduziu o Índice de Desenvolvimento Ajustado ao Género ou sexo
(IDG) (IDS) e a Medida de
Participação Ajustada ao Género
(MPG), são medidas que refletem as desigualdades entre os sexos no
Desenvolvimento Humano.
O IDG
ajusta a realização média em cada país em esperança de vida, nível educacional
e rendimento, de acordo com as disponibilidades entre as mulheres e os homens.
Considera-se assim a desigualdade em função do sexo.
Fig.12 Tabela de
ranking de Igualdade de gênero de 2017
A MPG procura medir a aquisição relativa de poder por mulheres e homens nas
esferas da actividade política e económica, permitindo avaliar se as mulheres
têm ou não condições para participar activamente na vida política e económica
do país.
No relatório do PNUD (Programa das Nações
Unidas para o Desenvolvimento) de 1997 foi introduzido o conceito de Pobreza
Humana e construiu um índice composto para medir o índice de Pobreza Humana
(IPH) países em via de desenvolvimento que tem haver com a privação de
elementos essências da vida humana, como por exemplo: baixa da duração da vida
humana, não acesso ao conhecimento e ao rendimento.
Constatou-se também que não são os países mais
ricos que estão melhor colocados neste índice. Por isso no relatório de 1998 avançou-se
com um índice para medir a Pobreza Humana nos países
industrializados, a que foi dada a designação de IPH2 (o anterior passou a designar-se por IPH1).
·
Outras caracterizações:
- Os novos países
Industrializados (NPI);
- Países
Desenvolvidos (PD);
- Países Industrializados
(PI);
- Países em via de
Desenvolvimento (PVD);
- Países Menos
Avançados (PMA);
- Terceiro Mundo.
1.2.6. Desenvolvimento Regional e
Local
Uma economia nacional só é forte se não
existirem desequilíbrios no desenvolvimento das regiões. O desenvolvimento do país é melhor alcançado através da regionalização.
Nisto o desenvolvimento do país seria uma consequência do desenvolvimento
regional.
Fig.13 Desenvolvimento Regional
A problemática ligada ao desenvolvimento
regional, caracterizam-se em duas visões opostas: a Visão Funcionalista e a Visão Territorialista
1-A
Visão Funcionalista tem haver com conceitos de crescimento ligados nos
modelos tipo “centro-periferia”, tendo
como preocupação os aspectos, ou seja, as grandes metas macroeconómicas.
2-A Visão
Territorialista, tem haver com pressuposto de “integração territorial de desenvolvimento”
refere-se a um conjunto de iniciativas inovadoras, que pretendem dar respostas
as insuficiências da política de desenvolvimento regional, que consiste na
resolução das necessidades essências da localidade.
As políticas de desenvolvimento regional, são
consideradas fundamentais no combate às assimetrias entre as regiões.
sexta-feira, 11 de outubro de 2024
GOVERNAR É SERVIR... GOVERNAR É SERVIR
Os angolanos celebram no próximo ano de 2025, 50 anos de sua independência, num mar carregado de incertezas, mas firmes na esperança... uma esperança alimentada pela embalagem da Administração de João Gonçalves Lourenço. Fala-se tanto dos ganhos da independência, mas na verdade existem inverdades nesta questão - desvios de fundos públicos, obras descartáveis e super facturadas, ensino arcaico, saúde enferma, mais 70% dos jovens angolanos estão no desemprego e postos à uma situação de precariedade, mediocridade, de zunga e de total indigência... Quando vemos chineses a fazerem todo tipo de trabalho, mesmo aquele de mão de obra não qualificada.
É com profunda inquietação que silenciosamente continuamos a acompanhar a entrada em solo angolano de west africanos, chineses, vietnamitas, portugueses, congoleses, entre outros e muitos destes inseridos no nosso mercado de trabalho, como... sinceramente não sei!!! Só sei, que muitos professores portugueses sem emprego em Portugal, estão dando aulas nas nossas escolas, quando milhares de professores angolanos estão no desemprego, passando-se o mesmo noutros sectores. As empresas chinesas em Angola não vieram trazer mais valias, isto por culpa de acordos e contratos feitos sem ter em conta o bem comum (Angola e os angolanos), mas de grupos e de indivíduos identificados.
O povo que vivia no escuro, vê no fundo do túnel uma luz que se advinha poder brilhar. Haver vamos... Deixemos de pataratices!
SERÁ QUE AS NOSSAS ZUNGUEIRAS TÊM MESMO OS DIAS CONTADOS OU É UMA ENCENAÇÃO?
FÓRMULA POSSÍVEL PARA A SAÍDA DA CRISE ECONÓMICA QUE ENFERMA ANGOLA E OS ANGOLANOS
Aumentar o Consumo e Dinamizar a Economia, para tal é necessário diminuir o desemprego, com o objetivo de aumentar o poder de compras… A retoma do consumo levaria à recuperação da economia. Para tal são precisas implementar uma série de medidas, entre as quais o fomento agroindustrial, baixar as taxas de juro do crédito bancário, diminuir os impostos que penalizam a qualidade de vida das famílias e das empresas, aposta na construção de grandes infraestruturas: estrada, aeroportos, portos de águas profundas, caminhos de ferro, centralidades bem estruturadas (com escolas, creches, hospitais, centros comerciais, salas cinemas administração pública, entre outras infraestruturas), ajuda financeira as famílias mais vulneráveis, subsídios de desemprego, de velhice, de doença e de invalidez.
As regras da ciência económica são claras, no que diz respeito a resolução da qualidade de vida do nosso povo. Governar bem, significa administrar com qualidade o património de todos nós, e a satisfação das necessidades básicas das nossas populações.
NUVENS ESCURAS EM ANGOLA E A BUSCA DA NOVA AURORA
Lamentavelmente, pouco ou nada se fala dos passivos amargos (das páginas negras) que marcaram a nossa jovem história, como país... os assassinatos ocorridos durante a luta de libertação (Kinkuzo, Dolozi e nas Chanas do Leste), os acontecimentos do pós Alvor, os actos de barbárie do 27 de Maio de 1977, os traumas da guerra civil, a sexta-feira sangrenta (Janeiro de 1993), os conflitos ligados à estratificação sociocultural dos nossos povos - só para lembrar que num passado recente, tínhamos uma certa elite (na era colonial) trajada de assimilada, hoje na Angola independente de neocolonialistas... Vale com profundeza reflectir e concluirmos quão importante é falarmos das nossas macas sem tabus.
Segundo Laura Pawson, jornalista e escritora britânica, entrevistando Teresa Cohen, então vice-ministra da Saúde, esta dizia a dado momento que se considerava europeia, não se sentindo confortável em ser considerada africana. É momento de nos sentarmos todos e sem escamas nos olhos, redefinirmos a Pátria de todos nós - angolanos sem distinção: sejam eles vindos (de origem) do Congo, de Portugal, e Cabo Verde, de S. Tomé, de Damão, Dio e Goa, de Timor Leste, Macau, de Moçambique, etc.
A grandiosidade da nossa Angola depende muito das sinceras valências dos povos que ontem e hoje compõem o nosso vasto mosaico socioracial e cultural. Deixemos de nos enganar e de mãos dadas edifiquemos uma nova Angola - onde o angolano vale por ser e não por ter.
TRANSPARÊNCIA & TRANSPARÊNCIA