No início da Primeira Guerra Mundial (1914), o czar Nicolau II reinava sobre um império multinacional (a Rússia) que, embora vasto, era muito atrasado.
Uma população maioritariamente camponesa.
Todavia, na Rússia estavam a operar-se transformações resultantes de um
processo de industrialização acelerada. Tal deu origem, nas principais cidades,
ao aparecimento de uma classe operária que, explorada e mal paga, se estava a
transformar numa poderosa força de luta contra o regime autocrático.
As
ideias socialistas que se desenvolviam na Europa
conquistaram os sindicalistas russos, os quais passaram a exercer uma grande
influência.
A revolução triunfante de Outubro de 1917
conhecida também por Revolução Bolchevista, permitiu a criação do primeiro
Estado Socialista capaz de transformar um país atrasado, como era a Rússia numa
potência económica, passados pouco mais de vinte anos.
A revolução que começou na Rússia estendeu-se
progressivamente a outros territórios e repúblicas que se foram unindo em torno
da República Russa. O objectivo era a conjugação de esforços com vista a
recuperação económica, transformando-se numa força poderosa capaz de
influenciar na situação internacional. Foi assim que em 1922 foi proclamada
a criação do Estado Socialista Soviético Plurinacional – a URSS (União das
Repúblicas Socialistas Soviéticas.
A força da coesão e da entreajuda entre os
povos deu uma aceleração inédita ao desenvolvimento de todas as repúblicas.
Muitas delas operaram um salto de um atraso pré-capitalista para a civilização
socialista.
Em 1939 a URSS, tornou-se a segunda potência
industrial, a seguir aos Estados Unidos, e apostava no seu objectivo de se
tornar a maior potência militar do mundo.
A estratégica usada pela URSS foi a planificação centralizada. Os
resultados foram rapidamente visíveis. A produção do ferro, carvão, aço,
electricidade e maquinaria aumentou extraordinariamente.
Isto explica como, ao eclodir a Segunda Guerra
Mundial, a URSS já estivesse em condições de desempenhar um importante papel ao
lado dos aliados e que, no fim da guerra, surgisse como uma das grandes
potências vencedoras.
Quando se envolveu na guerra a URSS era ainda
o único Estado comunista do Mundo. Depois da guerra, muitos milhões de pessoas
viriam a ser governadas por este sistema, alargando-se as zonas de influência
soviética a várias partes do mundo.
Em 1991,
foi extinta a União das Repúblicas Soviéticas – URSS. O seu fim pacífico foi o
resultado das transformações ocorridas dois anos antes, por iniciativa de Mikhael
Gorbatchev, o último presidente deste enorme país, e que
ficaram conhecidas por PERESTROIKA.
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