terça-feira, 14 de julho de 2020

PORQUÊ ESCAMOTEAR A HISTÓRIA E A SÓCIO ANTROPOLOGIA DOS VÁRIOS POVOS DE ANGOLA?


Chamar o rei dos Bayakas de rei do Uíge, é um autêntico disparate e desconhecimento da gloriosa história dos povos do Norte de Angola. A figura propalada de rei do Uíge é tão somente rei dos Bayakas, região de Quimbele incluindo a região de Bandundu, na RDC.
O conjunto das várias regiões que compõem hoje a província do Uíge e Zaíre, eram conglomerados de sub-reinos (administrados por manis) submissos ao NTOTELA (reino do Kongo).
Lamentavelmente, temos energúmenos a funcionar em áreas sensíveis do Ministério da Cultura. Onde estão os nossos fiéis historiadores, antropólogos e linguistas? São estes que deviam, fruto da investigação, contribuir para nossa verdadeira historiologia.
Angola na qualidade de membro de pleno direito do CICIBA (Centro Internacional de Civilização Bantu) , devia saber aproveitar as valências desta grande instituição cultural Bantu.

terça-feira, 12 de maio de 2020

COVID-19

Covid-19 é a designação dada pela Organização Mundial da Saúde para identificar a doença provocada pelo novo coronavírus SARS-COV-2. Este novo coronavírus foi identificado pela primeira vez em Dezembro de 2019 na China, na cidade de Wuhan. 

terça-feira, 14 de abril de 2020


QUESTIONÁRIO AVALIATIVO REFERENTE AOS CONTÉUDOS PROGRAMADOS.
(Responder o questionário com auxílio do manual de apoio de DES)

1-Como se caracterizaram as relações entre os EUA e a URSS no período pós 2ª Guerra Mundial?
2-Comenta a seguinte afirmação: ‘’Não ousando confrontar-se directamente, os EUA e a URSS apoiavam os respectivos aliados aliados lutando por zonas de influência, numa luta que conduziria ao Equilíbrio pelo Terror‘’.
3-Define Guerra Fria?
4-O que se entende por Mundo Bipolar?
5-Quais foram os principais objectivos do Plano Marshall?
6-Identifica os Blocos Militares que se formaram no Pós 2ª Guerra Mundial?
REFERENTE AO JAPÃO:
7-Como se processou a recuperação económica do Japão?
SOBRE O PROCESSO DE INTEGRAÇÃO E O RESSURGIMENTO DA EUROPA COMO POTÊNCIA
8-Quais foram as primeiras iniciativas com vista à formação de uma Europa unida?
9-Como evoluiu a CEE desde 1957 até 1995?
10-Quando é que a CEE passou a chamar-se UE (União Europeia)?
SOBRE A QUESTÃO DO TERCEIRO MUNDO
11-Quando e quem utilizou pela primeira vez a expressão Terceiro Mundo, assim como o significado?
12-Enuncia as principais características socioeconómicas dos Países do Terceiro Mundo?
13-A que se deve o elevado crescimento demográfico nos Países do Terceiro Mundo?
14-Qual é o significado de economia de subsistência?
15-Caracteriza os Fluxos Norte/Sul (as relações comerciais entre os países subdesenvolvidos com os países desenvolvidos industrializados)
16-Quais são os objectivos da Ajuda Internacional aos países do Terceiro?
REFERENTE AO MOVIMENTO DOS NÃO-ALINHADOS
17-Em que consistiu a política de não-alinhamento?
18-Justifica a seguinte afirmação: ‘’...os anos 70 e 80 do século XX caracterizaram-se por uma abertura ao dialogo Norte – Sul, procurando construir uma nova ordem económica mundial, um novo impulso para a paz e defesa dos direitos humanos.’’
OS NPI DA ÁSIA: FACTORES DE SUCESSO
19-Quais foram as semiperiferias do sudeste asiático que mais rapidamente tiveram sucesso na sua industrialização?
20-Quais foram os factores que permitiram o sucesso dos NPI da Ásia?
NPI DA AMÉRICA LATINA
21-Quais foram os NPI da América Latina, mais bem sucedidos na sua industrialização?
22-O que se entende por Mundo Multipolar?


*Resposta em referência:
13- R. O elevado crescimento demográfico nos países do Terceiro Mundo deve-se às altas taxas de natalidade e a factores sociais e psicológicos: casamentos precoces, gravidez fora do casamento, práticas de poligamia, ausência de planeamento familiar, falta de recursos ou desconhecimento de métodos contraceptivos.

18- R. Nas conferências das Nações Unidas sobre comércio e desenvolvimento, os países participantes reivindicaram a modificação do sistema económico internacional, os países do Terceiro Mundo forçam os países industrializados ao dialogo.  


Pf. Pedro Júnior Zólua
Telemóvel: 923302455 / 912663905

O PROCESSO DE INTEGRAÇÃO E O RESSURGIMENTO DA EUROPA COMO POTÊNCIA MUNDIAL


2.3. A REAFIRMAÇÃO DA EUROPA E A CONSOLIDAÇÃO DO JAPÃO
2.3.1. O PROCESSO DE INTEGRAÇÃO E O RESSURGIMENTO DA EUROPA COMO POTÊNCIA MUNDIAL
Os países da Europa Ocidental que aceitaram a ajuda dos Estados Unidos da América (E. U. A.) e escolheram a via da economia de mercado, organizaram-se para administrar e coordenar esse auxílio, criando para o efeito a OECE (Organização Europeia de Cooperação Económica). A partir de 1961 passou a designar-se OCEDE (Organização de Cooperação e Desenvolvimento Económico) com sede em Paris, juntando-se-lhe os EUA, Canada, a Austrália, a Nova Zelândia e o Japão.
No ano de 1944, tinha surgido a ideia da criação de uma união aduaneira entre alguns países europeus, projecto que se veio a concretizar em 1948 com a criação do BENELUX (Bélgica, Holanda e Luxemburgo) e a fundação do Conselho da Europa, em 1949, constituíram as primeiras experiências bem-sucedidas que encorajaram alguns políticos e ideólogos europeus a irem mais longe.
Em 1951, os países do BENELUX, juntamente com a França, a Itália e a República Federal da Alemanha, assinaram um Tratado que instituiu a Comunidade Europeia do Carvão e do Aço (CECA). Este tratado é considerado o início da construção da Europa unida.
 A FORMAÇÃO DA CEE
Os países que compunham a CECA reuniram-se em 1957 e assinaram o Tratado de Roma, através do qual foram criadas a Comunidade Económica Europeia (CEE) e a Comunidade Europeia de Energia Atómica (EURATOM).
Estava assim, criada o Mercado Comum através do qual seriam abolidos os obstáculos à livre circulação de pessoas, serviços e capitais entre os estados-membros e passariam a ser desenvolvidas políticas económicas comuns. Forma-se assim um grande mercado sem fronteiras.
O sucesso económico da CEE e do Mercado Comum levou a que  cada vez mais países se tornassem membros, através de sucessivos alargamentos.
Alargamento e desenvolvimento da CEE
Os primeiros 15 anos da CEE caracterizaram-se por pequenos avanços com vista a atingir os objectivos do Tratado de Roma. A dinâmica da Europa dos Seis e os sucessos obtidos a nível do desenvolvimento global dos países que a constituíam motivaram outros estados europeus a pedir a adesão à CEE.
Assim, em 1973, a Europa dos Seis passou a Europa dos Nove, com a adesão do Reino Unido, da Irlanda e da Dinamarca. Em 1981, aderiu a Grécia e em 1986 aderiram Portugal e Espanha. A Europa dos Nove passou, assim, a Europa dos Doze. Em 1995 aderem a CEE a República da Áustria, Finlândia e o Reino da Suécia – Europa dos quinze.
Em 2004 verificou-se a adesão de outros países do Leste da Europa, como a Polónia, a República Checa, a Hungria, a Eslovénia, a Eslováquia, a Letónia, a Estónia, a Lituânia, Chipre e, ainda, Malta. A Partir do ano 2004 a União Europeia passou, pois, a ser constituída por 25 Estados-membros.
A união económica e monetária
Em Fevereiro de 1992 foi assinado o Tratado de Maastricht, o qual entrou em vigor em Novembro de 1993. Neste tratado foram definidos os princípios fundamentais da Comunidade Europeia (CE) para a união económica e monetária, reforçando-se a perspetiva da união política. Desde essa data, a CEE passou a chamar-se União Europeia (UE).
De facto, o Tratado de Maastricht pôs em prática a união económica, monetária e política dos países membros da União Europeia e reforçou os poderes do Parlamento
Europeu, que passou a ser um dos mais importantes órgãos da UE constituídos por deputados directamente eleitos pelos cidadãos de cada estado-membro.
Funcionamento da União Europeia
Os principais órgãos de poder que garantem o funcionamento da União Europeia são:
- o Conselho de Ministros ( toma decisões sobre as leis comunitárias);
- a Comissão Europeia (faz propostas de leis relativas às políticas sectoriais);
- o Parlamento Europeu (tem funções consultivas e dá parecer sobre as propostas de lai da Comissão);
- o Tribunal de Justiça ou Tribunal Europeu (interpreta os textos jurídicos e julga os casos de litígio).
Nas políticas sectoriais destacam-se:
*a Política Agrícola Comum (PAC), para apoio à agricultura;
*o Fundo Social Europeu (FSE), para o desenvolvimento da formação  profissional e do emprego;
*o Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional (FEDER), para apoiar as regiões mais atrasadas;
*o Sistema Monetário Europeu (antes da criação o do Euro), que assegurava a estabilidade das moedas europeias.
A União Europeia tem a maioria dos seus órgãos e das suas instituições a funcionar em Bruxelas (Bélgica), em Estrasburgo (França) e no Luxemburgo.

2.3. A REAFIRMAÇÃO DA EUROPA E A CONSOLIDAÇÃO DO JAPÃO



2.3.1. O PROCESSO DE INTEGRAÇÃO E O RESSURGIMENTO DA EUROPA COMO POTÊNCIA MUNDIAL

Os países da Europa Ocidental que aceitaram a ajuda dos Estados Unidos da América (E. U. A.) e escolheram a via da economia de mercado, organizaram-se para administrar e coordenar esse auxílio, criando para o efeito a OECE (Organização Europeia de Cooperação Económica). A partir de 1961 passou a designar-se OCEDE (Organização de Cooperação e Desenvolvimento Económico) com sede em Paris, juntando-se-lhe os EUA, Canada, a Austrália, a Nova Zelândia e o Japão.
No ano de 1944, tinha surgido a ideia da criação de uma união aduaneira entre alguns países europeus, projecto que se veio a concretizar em 1948 com a criação do BENELUX (Bélgica, Holanda e Luxemburgo) e a fundação do Conselho da Europa, em 1949, constituíram as primeiras experiências bem-sucedidas que encorajaram alguns políticos e ideólogos europeus a irem mais longe.
Em 1951, os países do BENELUX, juntamente com a França, a Itália e a República Federal da Alemanha, assinaram um Tratado que instituiu a Comunidade Europeia do Carvão e do Aço (CECA). Este tratado é considerado o início da construção da Europa unida.
 A FORMAÇÃO DA CEE
Os países que compunham a CECA reuniram-se em 1957 e assinaram o Tratado de Roma, através do qual foram criadas a Comunidade Económica Europeia (CEE) e a Comunidade Europeia de Energia Atómica (EURATOM).
Estava assim, criada o Mercado Comum através do qual seriam abolidos os obstáculos à livre circulação de pessoas, serviços e capitais entre os estados-membros e passariam a ser desenvolvidas políticas económicas comuns. Forma-se assim um grande mercado sem fronteiras.
O sucesso económico da CEE e do Mercado Comum levou a que  cada vez mais países se tornassem membros, através de sucessivos alargamentos.
Alargamento e desenvolvimento da CEE
Os primeiros 15 anos da CEE caracterizaram-se por pequenos avanços com vista a atingir os objectivos do Tratado de Roma. A dinâmica da Europa dos Seis e os sucessos obtidos a nível do desenvolvimento global dos países que a constituíam motivaram outros estados europeus a pedir a adesão à CEE.
Assim, em 1973, a Europa dos Seis passou a Europa dos Nove, com a adesão do Reino Unido, da Irlanda e da Dinamarca. Em 1981, aderiu a Grécia e em 1986 aderiram Portugal e Espanha. A Europa dos Nove passou, assim, a Europa dos Doze. Em 1995 aderem a CEE a República da Áustria, Finlândia e o Reino da Suécia – Europa dos quinze.
Em 2004 verificou-se a adesão de outros países do Leste da Europa, como a Polónia, a República Checa, a Hungria, a Eslovénia, a Eslováquia, a Letónia, a Estónia, a Lituânia, Chipre e, ainda, Malta. A Partir do ano 2004 a União Europeia passou, pois, a ser constituída por 25 Estados-membros.
A união económica e monetária
Em Fevereiro de 1992 foi assinado o Tratado de Maastricht, o qual entrou em vigor em Novembro de 1993. Neste tratado foram definidos os princípios fundamentais da Comunidade Europeia (CE) para a união económica e monetária, reforçando-se a perspectiva da união política. Desde essa data, a CEE passou a chamar-se União Europeia (UE).
De facto, o Tratado de Maastricht pôs em prática a união económica, monetária e política dos países membros da União Europeia e reforçou os poderes do Parlamento
Europeu, que passou a ser um dos mais importantes órgãos da UE constituídos por deputados directamente eleitos pelos cidadãos de cada estado-membro.
Funcionamento da União Europeia
Os principais órgãos de poder que garantem o funcionamento da União Europeia são:
- o Conselho de Ministros ( toma decisões sobre as leis comunitárias);
- a Comissão Europeia (faz propostas de leis relativas às políticas sectoriais);
- o Parlamento Europeu (tem funções consultivas e dá parecer sobre as propostas de lai da Comissão);
- o Tribunal de Justiça ou Tribunal Europeu (interpreta os textos jurídicos e julga os casos de litígio).
Nas políticas sectoriais destacam-se:
*a Política Agrícola Comum (PAC), para apoio à agricultura;
*o Fundo Social Europeu (FSE), para o desenvolvimento da formação  profissional e do emprego;
*o Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional (FEDER), para apoiar as regiões mais atrasadas;
*o Sistema Monetário Europeu (antes da criação o do Euro), que assegurava a estabilidade das moedas europeias.
A União Europeia tem a maioria dos seus órgãos e das suas instituições a funcionar em Bruxelas (Bélgica), em Estrasburgo (França) e no Luxemburgo.


2.3.2. A RECUPERAÇÃO ECONÓMICA E A RÁPIDA MODERNIZAÇÃO DO JAPÃO
O Japão saiu derrotado da Segunda Guerra Mundial tendo sofrido enormes perdas humanas e materiais. No fim da guerra a sua economia estava paralisada.
Após a rendição, o Japão foi ocupado pelos Estados Unidos, tendo ficado sob administração do general Mac Arthur entre 1945 e 1950. Este general empreendeu diversas reformas que levaram ao desenvolvimento de um regime democrático e a rápida recuperação da economia:
·         Reformou o ensino, de forma a melhorar a qualidade da mão de obra;
·         Distribuiu terras aos camponeses que assim passaram a proprietários, aumentando a produção;
·         Garantiu auxílio económico em matérias-primas, maquinarias e apoio técnico com vista ao desenvolvimento industrial.
Em 1951, o Japão recuperou a sua soberania e era já um país economicamente reconstruído. Contudo politicamente, sofria pressões dos seus vizinhos comunistas (URSS e a China). Temendo a instauração do comunismo e sob influência ideológica dos americanos, o Japão aliou-se aos Estados Unidos da América.
O desenvolvimento económico do Japão foi tão rápido que é habitual usar-se a designação de Milagre Japonês para o caracterizar.
O MILAGRE JAPONÊS
Em cerca de vinte anos o Japão transformou-se na terceira potência económica mundial e em 1984, passou a segunda (2ª) à seguir aos Estados Unidos.
Mas como se explica este milagre? Esta recuperação do Japão foi possível graças a uma  série de factores, dos quais se destacam:
-     Factores Demográficos: o Japão é um país superpovoado – actualmente tem mais de 130 milhões de habitantes, a grande maioria da sua população está concentrada em grandes cidades, como Tókyo, Osaca, Quioto, Nagoia, Cobé, Iocoama;
- Factores Humanos: uma mão-de-obra muito abundante, disciplinada, empreendedora, com elevado sentido cívico e formação técnica;
-    Cooperação entre o Estado e as grandes empresas: o estado protege a indústria da concorrência estrangeira (medidas proteccionistas) e as grandes empresas investem na formação dos seus funcionários;
-    Grandes avanços tecnológicos, sobretudo na electrónica e na robótica. 
O progresso da economia Japonesa verificou-se sobretudo nos sectores da construção naval (primeiro lugar mundial), das indústrias automóveis e electrotecnia, na produção de têxteis...
Actualmente, o Japão exporta produtos de grande qualidade, a preços competitivos, para os seus mercados concorrentes (Estados Unidos e União Europeia) e para todo mundo.   

ORGANIZAÇÃO DAS NAÇÕES UNIDAS


2.2.5 O PAPEL DA ONU (ORGANIZAÇÕES NAÇÕES UNIDAS) NA PROCURA DO DESANUVIAMENTO E NA CONSOLIDAÇÃO DOS FRÁGEIS EQUILÍBRIOS EMERGENTES DO PÓS-GUERRA.
Ainda a 2ª Guerra Mundial não tinha terminado e já se sentia a necessidade de uma nova organização mundial, que procurasse assegurar a paz entre cos povos.  De facto, era necessário garantir que, no futuro, as nações trabalhassem em conjunto para evitarem novos conflitos. Foi na Conferência de Dumbarton Oaks (de 21 de Agosto à 7 de Outubro de 1944), em que tomaram parte os Estados Unidos, a Inglaterra, a URSS e a China, que foram traçadas as linhas gerais do que viria a ser a Organização das Nações Unidas. E quando em Fevereiro de 1945, Roosevelt, Churchill e Estaline se reuniram em Ialta, além de tratarem da repartição das zonas de influência defenderam um papel preponderante para as grandes potências e manifestaram a vontade da convocação de uma Conferência das Nações Unidas.  
A Carta das Nações Unidas foi finalmente assinada em S.Francisco (EUA), pelos Delegados de 50 países, tendo entrado em vigor em 24 de Outubro de 1945, dando assim, como aprovada  a criação de uma organização para a preservação da paz: a Organização das Nações Unidas – ONU.
Os principais objectivos da ONU são:
·         Salvaguardar (Proteger) as gerações vindouras do flagelo da guerra, ou seja, evitar novos conflitos e manter a paz no mundo;
·         Reafirmar a fé nos direitos humanos fundamentais;
·         Criar condições para a manutenção da justiça e o respeito pela lei internacional;
·         Promover o progresso social.
Os países fundadores das Nações Unidas: África do Sul, Arábia Saudita, Argentina, Austrália, Bélgica, Bolívia, Brasil, Canada, Checoslováquia, Chile, China, Colômbia, Costa Rica, Cuba, Dinamarca, Egipto, Equador, Estados Unidos da América, Etiópia, França, Filipinas, Grécia, Guatemala, Haiti, Holanda, Honduras, Índia, Irão, Iraque, Jugoslávia, Líbano, Libéria, Luxemburgo, México, Nicarágua, Noruega, Nova Zelândia, Panamá, Paraguai, Perú, Polónia, Reino Unido, República Dominicana, El Salvador, síria, Turquia, Uruguai, Rússia (mais Bielorrússia e Ucrânia) e Venezuela.   
Sob a jurisdição da ONU, funcionam diversas Instituições Especializadas, que têm uma grande importância a nível mundial, nos mais diversos domínios.
A ONU tem tido desde a sua fundação, um valioso papel na cooperação internacional, na acção das suas Instituições Especializadas, na procura de solução para os conflitos regionais e na promoção dos direitos humanos e liberdades fundamentais ( em 1948 a ONU aprovou a Declaração Universal dos Direitos do Homem).





2.2. OS CONFLITOS E OS EQUILÍBRIOS NUM MUNDO BIPOLAR



2.2.1. UM MUNDO BIPOLAR: LEGADO DA SEGUNDA GUERRA MUNDIAL
Depois de terem lutado como aliados durante a 2ª Guerra Mundial Americanos e Soviéticos converteram-se em inimigos. Esta oposição explica-se pelas ideologias políticas e económicas que perfilhavam: os EUA seguiam o Capitalismo, a URSS o Comunismo-Socialismo.
Formaram-se, então, dois blocos antagónicos: por um lado, os países capitalistas, liderados pelos EUA; por outro, os países Socialistas-Comunistas e anticapitalista, liderados pela URSS. Foi o período da Guerra Fria
2.2.2. A RADICALIZAÇÃO IDEOLÓGICA E A GUERRA FRIA; a Formação de um Mundo Bipolar
O clima de Guerra Fria levou as duas superpotências mundiais a uma corrida aos armamentos, que incluía as armas nucleares e o apoio aos conflitos localizados. Foi também um período de espionagem intensa, com a intervenção das polícias secretas, nomeadamente a CIA (EUA) e o KGB (URSS).
Não ousando, porém, confrontar-se directamente, EUA e URSS passaram a apoiar os seus aliados em conflitos regionais, fornecendo tropas, conselheiros e material de guerra. Desenvolveu-se, assim, a luta por zonas de influência que originou um mundo bipolar. Esta luta conduziria ao «equilíbrio pelo terror».
O primeiro faco de tensão entre a URSS e os EUA ocorreu com a Questão de Berlim (1948 – 1949) que conduziu não só a continuação da divisão daquela cidade, mas também à divisão da própria Alemanha em duas: a Alemanha de Leste – que iria adoptar a designação de República Democrática Alemã – RDA e a Alemanha Ocidental – que adoptaria o nome de República Federal da Alemanha – RFA. Esta divisão da Alemanha prefigurou, a divisão da Europa em dois blocos separados pela ‘’cortina de ferro’’.
A guerra da Coreia 1950 – 1951), a guerra da Indochina, e a crise de Cuba (1962) constituíram algumas das questões que conduziram a alguns problemas que ameaçaram a paz mundial.
Com o desenvolvimento das armas nucleares e os mísseis intercontinentais, as duas superpotências ficaram em situação de cada uma delas poder destruir ou ser destruída pela outra em caso de guerra. No entanto, o receio de uma guerra nuclear levou as duas potências ao diálogo no sentido da construção de uma política de coexistência pacífica.
O que se entende então por guerra fria?
 Guerra Fria é nome dado ao período de grande antagonismo e de forte tensão entre os EUA e a URSS, a partir do final da 2ª Guerra Mundial; apesar de não ter havido um conflito armado, houve constantes provocações mútuas, temendo-se a deflagração de uma nova guerra mundial. 
2.2.3. RECONSTRUÇÃO DA EUROPA E A CONSTITUIÇÃO DE ORGANIZAÇÕES POLÍTICO-MILITARES
Após a Segunda Guerra Mundial os EUA e a URSS tornaram-se nas duas Superpotências Mundiais. A Europa Ocidental contou com a ajuda do Plano Marshall para a sua reconstrução e a Europa de Leste inseriu-se no COMECON liderado pela URSS. Em paralelo formaram-se dois blocos militares antagónicos: a NATO ou OTAN (Organização do tratado Atlântico Norte) e o PACTO DE VARSÓVIA. Esta política de blocos deu origem a um clima de Guerra Fria.
A RECONSTRUÇÃO DA EUROPA
A Europa, arruinada e endividada, saiu profundamente abalada da Segunda Guerra Mundial. Os EUA desenvolveram então um plano de ajuda para a reconstrução dos países europeus.
Em 1948, o presidente Truman aprovou um programa para a reconstrução dos países da Europa Ocidental, devastados pela guerra. Esse programa viria a ser conhecido por PLANO MARSHALL – nome do general americano que se distinguiu na proposta e na defesa desse plano.
     Os principais objectivos deste plano eram:
      - ajudar economicamente a Europa Ocidental, reconstruindo as indústrias e reativando o comércio;
       - reforçar a posição dos EUA como superpotência e a sua hegemonia que já se fazia sentir desde o fim da Primeira Grande Guerra;
       - evitar o avanço do Comunismo: uma Europa debilitada poderia ser um campo aberto à entrada do Comunismo e da influência Soviética.
2.2.4. UM EQUILÍBRIO GEOPOLÍTICO INSTÁVEL                                                                     
A URSS recusou-se a ser beneficiária do Plano Marshall e convenceu os governos dos países da Europa de Leste a fazerem o mesmo. Em contrapartida, em 1949, a URSS constituiu com os países do Leste Europeu o Conselho de Assistência Económica Mútua – COMECON.
A Europa passou assim a estar dividida em dois blocos.
Cada um dos blocos procurou reforçar-se económica, política e militarmente:
     - economicamente, o Bloco Ocidental beneficiou do Plano Marshall, e a Europa de Leste do COMECON;
     - militarmente, foi criada, em 1949, a NATO ou OTAN (Organização do Tratado             Atlântico Norte); em 1955, o bloco de Leste responde com a criação do Pacto de Varsóvia;
     - politicamente, acentuaram-se as tendências da democracia e do capitalismo no ocidente e do socialismo... no leste.
Esta oposição alastrou-se para além da Europa. Na Ásia, os comunistas, liderados por Mao tsé-Tung, implantaram a República Popular da China em 1949. Também na Coreia do Norte e na Indochina se implantaram regimes comunistas, na década de 1950.
A formação dos blocos levou a uma situação de tensão militar, ideológica e diplomática permanente. Esta tensão permanente gerou um clima internacional que ficou conhecido por Guerra Fria.


2.1.5 A ESTAGNAÇÃO DO DESENVOLVIMENTO EUROPEU E AS GUERRAS IMPERIALISTAS



Nota Importante: estudar tudo sobre 1ª e 2ª Guerras Mundiais (consultar páginas de 32 à 38 no manual de apoio de DES)
O fim da Primeira Guerra Mundial marcou o início do declínio  da Europa no controlo e domínio do mundo e a ascensão dos Estados Unidos. O fim da Segunda Guerra Mundial levou a criação de uma  Nova Ordem Mundial, dominada por duas Super Potências vitoriosas: Os Estados Unidos da América (EUA) e União das Repúblicas Socialistas Soviéticas (URSS).     
AS TRANSFORMAÇÕES ECONÓMICAS NO APÓS-GUERRA NO MUNDO OCIDENTAL
A 1ª Guerra Mundial trouxe consequências Demográficas, Económicas e Sociais, abalando profundamente a Europa e marcando o fim da supremacia europeia.
Os EUA, pelo contrário, conheceram um grande desenvolvimento, elevando-se à posição de primeira potência mundial. Para tal, muito contribuíram os novos métodos de produção e organização do trabalho.
O FIM DA SUPERMACIA EUROPEIA
A Europa, principal palco da 1ª Grande Guerra, sai profundamente abalada deste conflito. As consequências da guerra fizeram-se sentir a vários níveis:
* Político - Queda dos grandes impérios e aparecimento de novos estados; definiu-se um novo mapa político na Europa.
* Demográfico - Cerca de 1 milhões de pessoas morreram e perto de 22 milhões ficaram inválidos. A Europa perdeu assim perto de um décimo (1/10) da sua população activa, o que se iria reflectir numa grande diminuição da mão-de-obra e numa redução da natalidade.
* Económico e financeiro - Milhares de fábricas, campos e vias de comunicação ficaram destruídos; a produção agrícola e industrial baixou vertiginosamente; os preços subiram devido à pouca oferta de bens, para fazer face às despesas da guerra, os governos europeus puseram em circulação grande quantidade de moeda e recorreram a empréstimos. Tudo isto conduziu à desvalorização da moeda e ao aumento da inflação. 
* Social - A fome o e o desemprego alastraram pela Europa. As classes médias e os rendeiros empobreceram, o que fez aumentar a agitação social e as lutas sindicais. As mulheres, que antes da guerra não trabalhavam fora de casa, entraram definitivamente no mundo do trabalho e ganharam importância política, conquistando progressivamente o direito de voto.
A 1ª Guerra Mundial marcou assim o fim da supremacia europeia e o início de uma época de prosperidade para outros países, principalmente os EUA.

2. DIVERSIFICAÇÃO E MUTABILIDADE DOS CENTROS DE PODER E DECISÃO NO SÉCULO XX



2.1. A Europa e os Estados Unidos na Primeira Metade do Século XX
2.1.1. O Papel da Colonização e a Expansão do Poderio Europeu
A Primeira Europeização do mundo inicia com os descobrimentos, a partir dos finais do século XV. Portugal e Espanha lideraram inicialmente a expansão marítima sendo depois seguidos por outros países europeus com preponderância a Inglaterra.
               
                             Fig.1 Descobrimentos no século XVI

Até a primeira metade do século XX a Europa ocupava um lugar privilegiado e hegemónico. Neste período a superioridade europeia sobre os restantes continentes verificava-se em vários aspectos: nos aspectos políticos, económico-financeiros, técnico-científico e cultural. Podemos concluir que até princípios do século XX a Europa dominava o mundo.
No decorrer do século XIX, vai ocorrer a Segunda Europeização como consequência da Revolução Industrial. A segunda metade do século XIX trouxe também muitas alterações. As economias europeias desenvolveram-se e o consumo aumentou.
Para fazer face à estas mudanças as potências industrializadas procuraram obter matérias primas nas suas áreas de influência.



1.2.4 O DIREITO AO DESENVOLVIMENTO


1.2.4. O Direito ao Desenvolvimento
A questão da problemática dos Direitos Humanos remonta desde o século XVIII com precedentes na Inglaterra (1688) e na Constituição Americana (1787), mas foi a Revolução Francesa de 1789, que abriu caminho ao difícil processo dos direitos humano, ao estabelecer, na Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão, princípios que consideravam válidos para toda humanidade, quiseram realizar o sonho de emancipação que marcou o século. 
Foram os valores da liberdade, igualdade e fraternidade, saídos da Revolução Francesa que consagrou os direitos cíveis e políticos (direito à vida, a prosperidade, de voto, de associação etc...). Surge assim a 1ª Geração Dos Direitos Do Homem.
No período entre 1830 – 1840 começaram afirmar-se os direitos económicos e sociais, em resposta as péssimas condições de vida da classe operária surgida com a Revolução Industrial (direito ao trabalho, à greve, `protecção social etc...). É a 2ª Geração Dos Direitos Do Homem.
Os actos de barbárie cometidos durante a Segunda Guerra Mundial levou a que a 10 de Dezembro de 1948, tenha sido aprovada pela Assembleia Geral das Nações Unidas a Declaração Universal dos Direitos do Homem, como ideal a atingir por todos os povos e nações. A partir daqui alargam-se os direitos às liberdades cíveis e políticas, nomeadamente o direito à satisfação de necessidades vitais primárias ou essenciais. Proclama-se o direito da integridade de qualquer cidadão (proibição da tortura e de penas ou tratamentos cruéis ou degradantes).
Na década de 60 do século XX tomou-se consciência do respeito para como ambiente (a sua protecção). Surge assim a 3ª Geração Dos Direitos do Homem: Direito à Paz a um ambiente são, ao património comum da humanidade (bens comuns como os oceanos...) o Direito ao Desenvolvimento.


1. MUDANÇA E DESENVOLVIMENTO



1.2 Do crescimento ao desenvolvimento
1.2.1. Crescimento e desenvolvimento dois aspectos da mesma realidade
O crescimento é um fenómeno de natureza quantitativa, que se caracteriza num aumento ou seja define a evolução da actividade económica. Referindo-se precisamente a quantidade de bens e serviços produzidos numa determinada sociedade e posta a disposição das pessoas.
O conceito de Desenvolvimento vem do conceito de Crescimento, pois os seus elementos económicos ligados ao Desenvolvimento são parte do Crescimento. No entanto o Desenvolvimento engloba muito mais do que os elementos económicos, pois envolve alterações qualitativas.
Vemos, então, que o crescimento não é um fim em si, mas um índice do ritmo do desenvolvimento 
1.2.2 O Caracter Dinâmico do Conceito de Desenvolvimento
O conceito de Crescimento e de Desenvolvimento só entram no vocabulário económico e político após a Segunda Guerra Mundial, face as necessidades de reconstrução e reabilitação das economias destruídas pela guerra e aos processos de descolonização.
Inicialmente, as políticas de desenvolvimento orientavam-se para um elevado crescimento do PIB per capita através da industrialização. Acreditava-se que o crescimento económico, apesar de gerar desigualdades no início acabaria por trazer mudanças qualitativas.
Perante a falência dos resultados, tomou-se consciência de que o simples crescimento económico não acarretava forçosamente o desenvolvimento nem a diminuição das desigualdades.
A partir do final dos anos 70 do século XX surgem novas teorias centradas na articulação entre o Económico e o Social, que propunham a satisfação das necessidades básicas da população, assim como políticas de redistribuição do rendimento.
1.2.3. Aspectos Relevantes do Desenvolvimento Humano e do Desenvolvimento Sustentável
*Desenvolvimento Humano
O conceito de desenvolvimento humano surge em 1990 no Relatório Mundial sobre o Desenvolvimento Humano, editado pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD).
 Pela primeira vez, uma definição de “desenvolvimento” considera que a sua finalidade última terá de ser o próprio desenvolvimento da pessoa humana em todas as suas dimensões, designadamente na mais fundamental: a liberdade de escolher e realizar o seu próprio projecto de Desenvolvimento.
Neste contexto é aceitável o desejo de as pessoas aspirarem à riqueza, é igualmente legítimo pretender viver mais tempo, aumentarem os seus conhecimentos, usufruir de um ambiente saudável, ter um emprego estável, direito a segurança social e a participação activa na vida da sua comunidade. 
 Para medir o desenvolvimento humano foi criado um Indicador de Desenvolvimento Humano (IDH).
O IDH é um indicador composto que procura medir o grau de desenvolvimento humano dos países, para além do mero rendimento por habitante. Baseia-se em três elementos essenciais da vida humana: a longevidade, o saber e o nível de vida, que são calculados da seguinte maneira: 
- a longevidade é ´medida pelo número médio de anos de esperança de vida;
- o saber é uma medida que permite aferir o grau de educação e instrução da população;
- o nível de vida é medido pelo poder de compra calculado a partir da ponderação do PIB real por habitante.
*Desenvolvimento Sustentável
O desenvolvimento sustentável é um desenvolvimento que permite dar resposta às necessidades da geração presente, sem comprometer a possibilidade de desenvolvimento das gerações futuras. O Desenvolvimento Sustentável contém em si dois (2) conceitos básicos:
- o conceito de ‘’necessidades’’;
- o conceito de ‘’limites’’
Os limites finitos do desenvolvimento mundial, a nível global, significam que as sociedades têm de gerir de forma inovadora os complexos problemas com que se defrontam e que ultrapassam o princípio da soberania nacional. No entanto, gerir a complexidade ainda não é um processo adquirido. Os problemas e desafios actuais têm mostrado que as sociedades ainda não estão inteiramente preparadas para resolvê-los. Isto significa, que questões globais exigem soluções globais, com vista a um desenvolvimento sustentado.
A prossecução do desenvolvimento sustentável exige:
*um sistema político, que assegure a participação activa dos cidadãos;
*um sistema económico, capaz de gerar excedentes e conhecimentos técnicos numa base fiável e permanente;
*um sistema social, que providencie soluções de combate às desigualdades;
*um sistema de produção, que respeite a base ecológica para o desenvolvimento;
*um sistema tecnológico, que procure sistematicamente novas soluções;
*um sistema internacional, que fomente padrões sustentáveis de comércio e financiamento;
*um sistema administrativo, que tenha a flexibilidade e a capacidade necessárias para se autocorrigir.   

terça-feira, 24 de março de 2020

BATALHA DE KUITO KWANAVALE vs LIBERTAÇÃO DA ÁFRICA AUSTRAL - FAZER ESTE LINK É AUTÊNTICO PARADOXO


Foram precisamente as incidências da primavera do fim da Guerra Fria e concomitantemente as mudanças sociopolíticas e económicas que tiveram lugar na então URSS, que justificam as transformações que tiveram lugar nos finais da década de 80 do século XX na sub região da África Austral (correlação de forças Fapla/cubanos vs Fala/forças sul africanas, processo de independência da Namíbia e a democratização na África do Sul). Ora vejamos: Após a morte de Leonidas Brejnev (1982), a URSS atravessou um período de transição até à chegada de Mikhail Gorbachev. Este político iniciou a democratização e a reestruturação da URSS. As transformações da URSS iniciado por Gorbachev representava, na realidade, a crise profunda e o reconhecimento da falência do modelo comunista.
As mudanças consistiram, sobretudo em:
• abrir a economia à iniciativa privada e ao investimento estrangeiro;
• realizar uma abertura política com o Ocidente, através de negociações diplomáticas para o desarmamento nuclear, contribuindo assim para o fim de guerra fria;
• a suspensão de grandes remessas financeiras aos países satélites da URSS (os países de leste europeu e Cuba).
Cuba e Angola que dependiam economicamente e militarmente da URSS, ficaram totalmente debilitados, o que levou o enfraquecimento da coligação forças cubanas/faplas face a coligação forças sul africanos/falas... O que constatamos nos finais dos anos 80 do século XX, foi uma reviravolta no teatro de guerra em Angola: o governo do MPLA ficou confinado em algumas sedes províncias. Os angolanos que presenciaram estes momentos escuros da nossa história, podem testificar quão duro foram os três últimos anos, da década de 80 do século passado.
Em consciência pode-se afirmar que a libertação da África Austral (independência da Namíbia, Acordos de Bicesse e a democratização na África do Sul) foi uma consequência das mudanças lideradas por Mikhail Gorbachev na URSS e que levaram ao surgimento de um novo mapa político na Europa, com as revoluções empreendidas pelos países socialistas da Europa de Leste: desagregação da própria URSS, desmembramento da ex Jugoslávia em vários estados e a unificação das Alemanhas (RFA e RDA).
Vale aqui frisar também que a Batalha de Kuito Kwanavale era tutelada pelas superpotências de então (URSS e EUA), que visava o alargamento de suas áreas de influência. O mesmo aconteceu nos quatro cantos do planeta, onde americanos e soviéticos disputavam áreas de influência - tivemos disputas na Europa; na América Latina, tivemos os casos da Nicarágua e El Salvador; na Ásia o conflito em Camboja e em África o conflito interno angolano.
Com o fim da guerra fria, vimos o pacíficar de várias regiões do mundo e deste modo a resolução de conflitos de forma pacífica.
Os factos históricos são como a casca de ginguba, que estando no fundo da água, teimosamente vem ao de cima!

segunda-feira, 2 de março de 2020

NUVENS ESCURAS EM ANGOLA E A BUSCA DA NOVA AURORA


Lamentavelmente, pouco ou nada se fala dos passivos amargos (das páginas negras) que marcaram a nossa jovem história, como país... os assassinatos ocorridos durante a luta de libertação (Kinkuzo, Dolozi e nas Chanas do Leste), os acontecimentos do pós Alvor, os actos de barbárie do 27 de Maio de 1977, os traumas da guerra civil, a sexta-feira sangrenta (Janeiro de 1993), os conflitos ligados à estratificação sociocultural dos nossos povos - só para lembrar que num passado recente, tínhamos uma certa elite (na era colonial) trajada de assimilada, hoje na Angola independente de neocolonialistas... É mesmo para reflectir e concluirmos quão importante é falarmos das nossas macas sem tabus... Segundo Laura Pawson, jornalista e escritora britânica, entrevistando Teresa Cohen, então vice-ministra da Saúde, esta dizia a dado momento que se considerava europeia, não se sentindo confortável em ser considerada africana. É momento de nos sentarmos todos e sem escamas nos olhos, redefinirmos a Pátria de todos nós - angolanos sem distinção: sejam eles vindos (de origem) do Congo, de Portugal, e Cabo Verde, de S. Tomé, de Damão, Dio e Goa, de Timor Leste, Macau, de Moçambique, etc.
A grandiosidade da nossa Angola depende muito das sinceras valências dos povos que ontem e hoje compõem o nosso vasto mosaico socioracial e cultural. Deixemos de nos enganar e de mãos dadas edifiquemos uma nova Angola - onde o angolano vale por ser e não por ter.

O NOSSO POVO NÃO É PARVO

O NOSSO POVO NÃO É PARVO!!!!
Por isso e por favor parem com mentiras de lambear...
Até quando continuaremos enganando o nosso povo e em particular as mulheres angolanas?
Vamos ter todos a coragem de dizer ao nosso povo, que o 02 de Março não é dia da mulher angolana, mas sim dia da organização feminina do MPLA - a OMA. O que mais me espanta, são os pronunciamentos de algumas elites angolanas, que continuam a bater na mesma tecla... os agentes do Estado não devem comportar-se como agentes partidários, mas sim como instrumentos facilitadores na clarificação da consciência do nosso povo.
Não façamos dos símbolos partidários, símbolos nacionais... Vamos cerrar fileiras em torno daquilo que nos une. Promovendo maior solidariedade e harmonia entre os angolanos.
Vamos todos procurar construir uma Nação, onde os angolanos valem por ser e não por ter.

sexta-feira, 17 de janeiro de 2020

PROJECTO PROJOVEM

O governo angolano aprovou na passada semana, um programa de linhas de crédito para jovens empresários - O PROJOVEM.
Gostaria muito sinceramente que, quer o Ministro da Juventude e Desporto, quer o Ministro das Finanças viessem à público explicar ao Santo Povo de Deus, donde virão as centenas de biliões de Kwanzas para financiar os pseudo-jovens empresários, quando é do conhecimento público, que os nossos bancos não gozam de saúde financeira. Basta olharmos para a realidade crua do maior banco público, o BPC.
Deixemos de tapar o sol com a peneira... O nosso povo ganhou maturidade e já não se deixa cair na demagogia simplista!!!
Sejamos mais sérios e equilibrados! As respostas podemos encontrar num passado recente: os fracassados Projectos Angola Jovem e o Projecto Bwe (2012).
Conhecer a história é não repetir os erros do passado.
Contudo vai aqui o benefício da dúvida!!!
Haver vamos!

segunda-feira, 13 de janeiro de 2020

AGOSTINHO NETO NUNCA FOI PAN-AFRICANISTA

Foram realizadas várias Conferências Pan-africanistas ao longo do XX, onde se propunham a unidade política de toda a África, assim como, o reagrupamento das diferentes etnias, divididas pelas imposições dos colonizadores. Este movimento tornou-se mais actuante, especialmente com o surgimento do Movimento da Negritude, criado por Aimé Césaire, Léopold Senghor e Leon Ganês. Com as independências de um grande número de países africanos em 1960 e continuamente, Senghor então presidente do Senegal (1960 - 1981) capitaneou um amplo movimento a favor da unidade e dos valores dos povos africanos... Agostinho Neto em nenhum momento participou de Conferências que defendiam de forma aberta o nacionalismo africano. Ainda como estudante em Portugal, Neto sempre declinou os convites às Conferências Pan-africanistas e do Movimento da Negritude. Como é por todos sabido, Agostinho Neto foi um dos apêndices do Partido Comunista Português... Isto justifica profundamente, o grande apoio que Neto teve em 1975 por parte do Partido Comunista Português, então liderado por Álvaro Barreirinhas Cunhal. O MPLA só chega ao poder em 1975 com o beneplácito dos comunistas portugueses.