- MEDIÇÃO DO NÍVEL DE
DESENVOLVIMENTO HUMANO DOS PAÍSES
A medida do
desempenho de uma qualquer sociedade é feita através de indicadores. Estes são
a expressão numérica de fenómenos económicos, demográficos, sociais e culturais.
Através deles, poderemos formar uma ideia mais ou menos precisa dos diferentes
aspectos de uma sociedade e da forma como foi evoluindo. Permitem-nos também
fazer estudos comparativos entre regiões, países ou grupos dentro de uma mesma
área geográfica, detectando desvios de diversa ordem.
Assim, numa
primeira fase, em que a principal preocupação no campo do desenvolvimento era o
aumento da produção, os principais indicadores usados eram sobretudo os
económicos: PIB (Produto Interno Bruto) ou o PNB (Produto Nacional Bruto).
O índice da
Renda percapita é uma medida simples e operacional, mas tem limitações e pode
apresentar distorções. Por isso, vem se tentando melhorá-lo, aperfeiçoando as
suas estimativas (como por exemplo, aditando-se nas comparações internacionais,
indicadores calculados com base no método da paridade do poder de compra, ao
invés das taxas de câmbio oficiais), seja complementando-o com outros
indicadores como Educação (grau de alfabetização) e Saúde (expectativa de
vida), para definir um índice de Desenvolvimento Humano (IDH) ou de qualidade
de vida. Nem sempre os países com mais
alta renda percapita são os de mais alto nível de qualidade de vida. Repare
por exemplo na Tabela abaixo, o Canadá está na 5ª posição do ponto de vista do Produto
percapita, mas tem o 3º lugar em qualidade de vida. Já o Luxemburgo tem o 43º
lugar em produto per capita, mas ocupa o 19ª posição em termos de qualidade de
vida.
O quê então
o IDH (Indicador de Desenvolvimento Humano)? É uma medida resumida do progresso
a longo prazo em três dimensões básicas do Desenvolvimento Humano: RENDA,
EDUCAÇÃO E SAÚDE. O objectivo da criação do IDH foi o de oferecer um
contraponto a outro indicador muito utilizado, o Produto Interno Bruto (PIB)
percapita, que considera apenas a dimensão económica do desenvolvimento.
TABELA DO RANKING DE ALGUNS PAÍSES
SEGUNDO O DESENVOLVIMENTO HUMANO
Refº ao Ano
de 2015
Posição na classificação
|
Países Classificados de acordo com
|
|
Produto per capita
|
IDH
|
|
1º
2º 3º 4º 5º 6º 8º 9º 14º 18º 19º 20º 28º 33º 35º 43º 46º 60º 74º 75º 90º 116º 149º |
ESTADOS UNIDOS
CHINA JAPÃO ALEMANHA CANADA REINO UNIDO FRANÇA NORUEGA ÁFRICA DO SUL ISRAEL PORTUGAL LUXEMBURGO ANGOLA |
NORUEGA
AUSTRÁLIA CANADA SUÍÇA DINAMARCA PAÍSES BAIXOS ALEMANHA ESTADOS UNIDOS REINO UNIDO ISRAEL LUXEMBURGO JAPÃO FRANÇA PORTUGAL BRASIL CHINA África DO SUL ANGOLA |
Em 1995, o
relatório do Desenvolvimento Humano introduziu o Índice de Desenvolvimento
Ajustado ao Género ou sexo (IDG) (IDS) e a Medida de Participação Ajustada ao Género (MPG), são medidas que refletem as desigualdades entre os
sexos no Desenvolvimento Humano.
O IDG ajusta a realização média em
cada país em esperança de vida, nível educacional e rendimento, de acordo com
as disponibilidades entre as mulheres e os homens. Considera-se assim a
desigualdade em função do sexo.
A MPG procura medir a aquisição relativa
de poder por mulheres e homens nas esferas da actividade política e económica,
permitindo avaliar se as mulheres têm ou não condições para participar
activamente na vida política e económica do país.
No relatório
do PNUD (Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento) de 1997 foi
introduzido o conceito de Pobreza Humana e construiu um índice composto para
medir o índice de Pobreza Humana (IPH) dos países em via de desenvolvimento,
que tem a ver com a privação de elementos essências da vida humana, como por
exemplo: baixa da duração da vida humana, não acesso ao conhecimento e ao
rendimento.
Constatou-se
também que não são os países mais ricos que estão melhor colocados neste
índice. Por isso no relatório de 1998 avançou-se com um índice para medir a
Pobreza Humana nos países industrializados, a que foi dada a designação de IPH2 (o anterior passou a designar-se
por IPH1).
·
Outras
caracterizações:
- Os novos países Industrializados (NPI);
- Países Desenvolvidos (PD);
- Países Industrializados (PI);
- Países em via de Desenvolvimento (PVD);
- Países Menos Avançados (PMA);
- Terceiro Mundo.
1.2.6. Desenvolvimento Regional e
Local
Uma economia
nacional só é forte se não existirem desequilíbrios no desenvolvimento das
regiões. O desenvolvimento do país é
melhor alcançado através da regionalização. Nisto o desenvolvimento do país
seria uma consequência do desenvolvimento regional.
A
problemática ligada ao desenvolvimento regional, caracterizam-se em duas visões
opostas: a Visão Funcionalista e a Visão Territorialista
1-A Visão Funcionalista tem a ver com
conceitos de crescimento ligados nos modelos tipo “centro-periferia”, tendo como preocupação os aspectos ou seja as
grandes metas macroeconómicas.
2-A Visão Territorialista, tem haver com
pressuposto de “integração territorial
de desenvolvimento” refere-se a
um conjunto de iniciativas inovadoras, que pretendem dar respostas as
insuficiências da política de desenvolvimento regional, que consiste na
resolução das necessidades essências da localidade.
As políticas
de desenvolvimento regional, são consideradas fundamentais no combate às assimetrias entre as regiões.
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