segunda-feira, 29 de maio de 2023

DETURPAÇÃO DA VERDADE HISTÓRICA DA BATALHA DE CUITO CUANAVALE - HIPOCRISIA HISTÓRICA OU UTOPIA?

1. Os dados históricos são infalíveis… tardam, mas vêm sempre ao de cima! Ligar a Batalha de Kuito Kwanavale com a liberação da África Austral é um autêntico disparate e falta de conhecimento sócio histórico. É preciso lembrar aqui aos lunáticos, céticos/fanáticos políticos da nossa praça, de que o Conflito Interno Angolano caracterizou-se no contexto da Guerra Fria, onde a ingerência das duas superpotências (EUA e URSS) foi notória.
2. Não ousando, porém, confrontar-se diretamente, EUA e URSS apoiavam os seus aliados em conflitos regionais localizados, nos quais se enquadra a região da África Austral, fornecendo tropas, conselheiros e material de guerra.
3. Com a aprovação da Resolução 435/78 do CS das Nações Unidas, começava com grande ênfase a busca de uma solução diplomática, que visava em primeiro lugar a liberação da Namíbia e concomitantemente a busca de tentativas de acordos entre as partes angolanas em conflito - governo da República Popular de Angola e a UNITA ( acordos de Lusaka, Gbadolite, Nova York, Bicesse entre outros), visando de forma pacífica e diplomática resolver não só o conflito de Angola como também a plena pacificação da região da África Austral.
4. As transformações que começaram depois de 1985 na URSS, com a eleição de Mikhail Gorbachev, levaram ao abrandamento da Guerra Fria e do clima de conflitualidade entre os países Ocidentais e os países de Leste Europeu, criando assim perspetivas para uma solução pacífica do conflito regional que opunha a República Popular de Angola à África do Sul. Neste contexto a tensão militar foi transferida para a fronteira norte, onde a RDC ex República do Zaíre, se tornava recetora do material militar enviado pelos Estados Unidos à UNITA.
5. Foi neste clima, que no ano de 1989, o presidente Mobutu do Zaíre, reuniu em Gbadolite com José Eduardo dos Santos e Jonas Malheiro Savimbi na presença de vários estadistas africanos. Esta reunião foi um fracasso, mas foi o cimentar dos acordos que se seguiram até chegar Bicesse.
6. Vale aqui dizer com veemência que o fator decisivo, que levou a Namíbia à independência e a estabilidade sociopolítica na região, deveu-se efetivamente a conjuntura de então: o fim da correlação de forças entre URSS e EUA. Não existem dúvidas de que o fim da Guerra Fria favoreceu a busca da paz e estabilidade na sub-região da África Austral.
7. Não houve vencidos nem vencedores - fomos todos galardoados com as mudanças vindas da terra de Mikhail Gorbachev.
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QUE DESENVOLVIMENTO ECONÓMICO E SOCIAL TEREMOS PARA ANGOLA NOS PRÓXIMOS ANOS?

Não se constrói economicamente um país com precariedade laboral… É essencial e para que tenhamos mais e mais produtividade, que se valorize o mérito e que o trabalhador viva dignamente do seu trabalho.

O trabalho deve ser o barómetro, ou seja, o indicador que nos deve permitir aferir a qualidade de vida das pessoas. Para tal, também é preciso incessantemente à aposta na qualificação profissional do agente laboral, assim como na sua formação integral. Com isto ganhamos todos (ganha o país, o patronato, os trabalhadores e as famílias).
A nova revisão salarial que se avizinha, deve efetivamente ter em conta o poder de compra dos trabalhadores, sem o qual, falar de desenvolvimento socioeconómico da nossa Mãe Angola será uma quimera.



25 DE MAIO - DA ÁFRICA

 O 25 DE MAIO é comemoração e efeméride anual estabelecida a partir da fundação da OUA (Organização de Unidade Africana) à 25 de Maio de 1963. Neste dia, líderes de 30 dos 32 Estados Africanos então independentes, assinaram uma Carta de fundação em Addis Abeba, na Etiópia. O continente ao longo destes 60 anos continua ADIADO no que diz respeito ao desenvolvimento: o continente sofreu vários flagelos, quer a nível político, económico e social que mudou e de que maneira, a marcha da sua história. A 9 de Julho de 2002 foi fundada em Durban (África do Sul) a União Africana (UA), sucessora da Organização de Unidade Africana). A UA tem por objetivos a unidade e solidariedade africanas, defende a eliminação de todo tipo de dominação, respeito pela soberania dos Estados, a integração económica e a cooperação política e cultural entre os países e povos do continente. Viva África…! África oyée...!


quarta-feira, 26 de abril de 2023

BATALHA DO CUÍTO CUANAVALE, HIPOCRISIA HISTÓRICA OU UTOPIA?

                        


 Qualquer uma guerra ao ser programada, comporta em si um propósito, assim como o objetivo à atingir.

Muito se fala da Batalha de Cuíto Cuanavale, ter mudado a conjuntura geopolítica e estratégica na África Austral… não é verdade.

As grandes transformações que aconteceram nos finais dos anos 80 e princípios dos anos 90 do século XX - O processo de transformação da URSS iniciado por Mikhail Gorbatchev representou, na realidade, a crise profunda e o reconhecimento da falência do modelo leninista. As reformas implementadas por Gorbatchev e que ficaram conhecidas pelas designações "perestroika" e "glasnost" levaram a desagregação da URSS em vários Estados independentes e ao processo de liberalização da economia e a democratização da vida política, assim como, o fim do envio de grandes remessas financeiras para Cuba. Foram efetivamente estas mudanças, que levaram ao fim da hegemonia da URSS e concomitantemente o fim da Guerra Fria.

No meu entendimento estas foram as verdadeiras razões que levaram ao processo de democratização e eleições livres em várias partes do mundo, incluindo o fim do conflito interno angolano, que era fomentado pelas duas superpotências de então: a URSS e os Estados Unidos.

É do conhecimento de todos, que nos finais dos anos 80 do século passado, grande parte do território angolano encontrava-se nas mãos dos rebeldes da UNITA, incluindo algumas cidades. Tudo isso deveu-se a conjuntura mundial de então - a grande redução do apoio que Angola recebia da União Soviética.

Mas qual era o super objetivo da Batalha de Cuíto Cuanavale? Era sem dúvidas a conquista de Mavinga e a Jamba (quartel general da UNITA). Não tendo tendo alcançado o super objetivo, não se pode proclamar victória efetiva. Aqui fica o meu mécontentement, pela forma como a nossa história recente continua a ser adulterada.

quinta-feira, 2 de setembro de 2021

VIOLÊNCIA DOMÉSTICA - PROBLEMA MORAL E PENAL!!!


Cerremos fileiras em prol de um único objetivo: A Erradicação da Violência Doméstica na nossa Angola. Mas isso só será possível se efetivamente compreendermos e procurarmos com inteligência a melhor maneira de livrarmos o país deste cancro.
Temos que partir sempre do princípio que somos um agregado de povos com especificidades próprias, e que é preciso olharmos Angola com olhos de ver...
Nem sempre o direito positivo pode resolver as mazelas que a nossa cultura comporta. Medidas coercivas e repressivas não levam à Erradicação da Violência Doméstica, pelo contrário assistimos a um agravamento crescente da situação.
O melhor antídoto é efetivamente a Educação do nosso povo: a introdução no currículo escolar de temáticas ligadas a Dignificação da Família, readaptar os catecismos das igrejas cristãs à realidade catual, as programações dos mass médias, devem também valorizar a cultura do amor ao próximo...
A luta pela Erradicação da Violência Doméstica é um processo longo e ingente, que exige a contribuição de todos sem distinção.

terça-feira, 29 de junho de 2021

DETURPAÇÃO DA VERDADE HISTÓRICA DE CUITO CUANAVALEA DA BATAL

DETURPAÇÃO DA VERDADE HISTÓRICA DA BATALHA DE CUITO CUANAVALE
1. Os factos históricos são infalíveis… tardam, mas vêm sempre ao de cima. Ligar a Batalha de Kuito Kwanavale com a liberação da África Austral é um autêntico disparate e falta de conhecimento sócio histórico. É preciso lembrar aqui aos lunáticos, céticos/fanáticos políticos da nossa praça, de que o Conflito Interno Angolano caracterizou-se no contexto da Guerra Fria, onde a ingerência das duas superpotências (EUA e URSS) foi notória. Não ousando, porém, confrontar-se diretamente, EUA e URSS apoiavam os seus aliados em conflitos regionais localizados, nos quais se enquadra a região da África Austral, fornecendo tropas, conselheiros e material de guerra.
2. Com a aprovação da Resolução 435/78 do CS das Nações Unidas, começava com grande ênfase a busca de uma solução diplomática, que visava em primeiro lugar a liberação da Namíbia e concomitantemente com as várias tentativas de acordos entre as partes angolanas em conflito, governo da República Popular de Angola e a UNITA ( acordos de Lusaka, Gbadolite, Nova York, Bicesse entre outros), visando de forma pacífica e diplomática resolver não só o conflito de Angola como também a plena pacificação da região da África Austral.
3. As transformações que começaram depois de 1985 na URSS, com a eleição de Mikhail Gorbachev, levaram ao abrandamento da Guerra Fria e do clima de conflitualidade entre os países Ocidentais e os países de Leste, criando assim perspetivas para uma solução pacífica do conflito regional que opunha a República Popular de Angola à África do Sul. Neste contexto a tensão militar foi transferida para a fronteira norte, onde a RDC ex República do Zaíre, se tornava recetora do material militar enviado pelos Estados Unidos à UNITA.
4. Foi neste clima, que no ano de 1989, o presidente Mobutu do Zaíre, reuniu em Gbadolite com José Eduardo dos Santos e Jonas Malheiro Savimbi na presença de vários chefes de governo e estadistas africanos. Esta reunião foi um fracasso, mas foi o cimentar dos acordos que se seguiram até chegar Bicesse.
5. Vale aqui dizer com veemência que o factor decisivo, que levou a Namíbia à independência e a estabilidade sociopolítica na região, deveu-se efetivamente a conjuntura de então: o fim da correlação de forças entre URSS e EUA. Não existem dúvidas de que o fim da Guerra Fria favoreceu a busca da paz e estabilidade na sub-região da África Austral.
6. Não houve vencidos nem vencedores - fomos todos galardoados com as mudanças vindas da terra de Mikhail Gorbachev.

segunda-feira, 31 de maio de 2021

25 DE MAIO - DIA DE ÁFRICA

 25 DE MAIO - DIA DE ÁFRICA

Dia da África é comemoração anual estabelecida em 25 de Maio de 1963 pela fundação da Organização de Unidade Africana (OUA). Neste dia, líderes de 30 dos 32 Estados africanos independentes assinaram uma carta de fundação, em Addis Abeba, na Etiópia.
O continente ao longo destes 54 anos continua ADIADO no que diz respeito ao desenvolvimento: o continente sofreu vários flagelos, quer a nível político, económico e social que mudou e de que maneira a marcha da sua história.
A 9 de Julho de 2002 foi fundada em Durban (África do Sul) a União Africana (UA), sucessora da Organização de Unidade Africana (OUA). A UA tem por objectivos a unidade e a solidariedade africana, defende a eliminação de todo tipo de dominação, respeito pela soberania dos Estados, a integração económica e a cooperação política e cultural entre os países e povos do continente africano.
Viva África!
África oyé!