terça-feira, 14 de abril de 2020

1.2.5 O PROBLEMA DA MEDIÇÃO DO DESENVOLVIMENTO



           - MEDIÇÃO DO NÍVEL DE DESENVOLVIMENTO HUMANO DOS PAÍSES
A medida do desempenho de uma qualquer sociedade é feita através de indicadores. Estes são a expressão numérica de fenómenos económicos, demográficos, sociais e culturais. Através deles, poderemos formar uma ideia mais ou menos precisa dos diferentes aspectos de uma sociedade e da forma como foi evoluindo. Permitem-nos também fazer estudos comparativos entre regiões, países ou grupos dentro de uma mesma área geográfica, detectando desvios de diversa ordem.
Assim, numa primeira fase, em que a principal preocupação no campo do desenvolvimento era o aumento da produção, os principais indicadores usados eram sobretudo os económicos: PIB (Produto Interno Bruto) ou o PNB (Produto Nacional Bruto).
O índice da Renda percapita é uma medida simples e operacional, mas tem limitações e pode apresentar distorções. Por isso, vem se tentando melhorá-lo, aperfeiçoando as suas estimativas (como por exemplo, aditando-se nas comparações internacionais, indicadores calculados com base no método da paridade do poder de compra, ao invés das taxas de câmbio oficiais), seja complementando-o com outros indicadores como Educação (grau de alfabetização) e Saúde (expectativa de vida), para definir um índice de Desenvolvimento Humano (IDH) ou de qualidade de vida. Nem sempre os países com mais alta renda percapita são os de mais alto nível de qualidade de vida. Repare por exemplo na Tabela abaixo, o Canadá está na 5ª posição do ponto de vista do Produto percapita, mas tem o 3º lugar em qualidade de vida. Já o Luxemburgo tem o 43º lugar em produto per capita, mas ocupa o 19ª posição em termos de qualidade de vida.
O quê então o IDH (Indicador de Desenvolvimento Humano)? É uma medida resumida do progresso a longo prazo em três dimensões básicas do Desenvolvimento Humano: RENDA, EDUCAÇÃO E SAÚDE. O objectivo da criação do IDH foi o de oferecer um contraponto a outro indicador muito utilizado, o Produto Interno Bruto (PIB) percapita, que considera apenas a dimensão económica do desenvolvimento. 






TABELA DO RANKING DE ALGUNS PAÍSES SEGUNDO O DESENVOLVIMENTO HUMANO   
Refº ao Ano de 2015
Posição na classificação
Países Classificados de acordo com
        Produto per capita
                 IDH
1º  
2º 
3º 
4º 
5º 
6º 
8º 
9º 
14º
18º
19º
20º
28º
33º
35º
43º
46º
60º
74º
75º
90º
116º
149º


ESTADOS UNIDOS
CHINA
JAPÃO
ALEMANHA
CANADA
REINO UNIDO FRANÇA




NORUEGA

ÁFRICA DO SUL
ISRAEL
PORTUGAL

LUXEMBURGO



ANGOLA
NORUEGA
AUSTRÁLIA
CANADA
SUÍÇA
DINAMARCA
PAÍSES BAIXOS
ALEMANHA
ESTADOS UNIDOS
REINO UNIDO
ISRAEL
LUXEMBURGO
JAPÃO
FRANÇA 

PORTUGAL




BRASIL

CHINA

África DO SUL
ANGOLA



Em 1995, o relatório do Desenvolvimento Humano introduziu o Índice de Desenvolvimento Ajustado ao Género ou sexo (IDG) (IDS) e a Medida de Participação Ajustada ao Género (MPG), são medidas que refletem as desigualdades entre os sexos no Desenvolvimento Humano.
O IDG ajusta a realização média em cada país em esperança de vida, nível educacional e rendimento, de acordo com as disponibilidades entre as mulheres e os homens. Considera-se assim a desigualdade em função do sexo.
A MPG procura medir a aquisição relativa de poder por mulheres e homens nas esferas da actividade política e económica, permitindo avaliar se as mulheres têm ou não condições para participar activamente na vida política e económica do país.
No relatório do PNUD (Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento) de 1997 foi introduzido o conceito de Pobreza Humana e construiu um índice composto para medir o índice de Pobreza Humana (IPH) dos países em via de desenvolvimento, que tem a ver com a privação de elementos essências da vida humana, como por exemplo: baixa da duração da vida humana, não acesso ao conhecimento e ao rendimento.
Constatou-se também que não são os países mais ricos que estão melhor colocados neste índice. Por isso no relatório de 1998 avançou-se com um índice para medir a Pobreza Humana nos países industrializados, a que foi dada a designação de IPH2 (o anterior passou a designar-se por IPH1).
·         Outras caracterizações:
- Os novos países Industrializados (NPI);
- Países Desenvolvidos (PD);
- Países Industrializados (PI);
- Países em via de Desenvolvimento (PVD);
- Países Menos Avançados (PMA);
- Terceiro Mundo.

1.2.6. Desenvolvimento Regional e Local
Uma economia nacional só é forte se não existirem desequilíbrios no desenvolvimento das regiões. O desenvolvimento do país é melhor alcançado através da regionalização. Nisto o desenvolvimento do país seria uma consequência do desenvolvimento regional.
A problemática ligada ao desenvolvimento regional, caracterizam-se em duas visões opostas: a Visão Funcionalista  e a Visão Territorialista
1-A Visão Funcionalista tem a ver com conceitos de crescimento ligados nos modelos tipo “centro-periferia”, tendo como preocupação os aspectos ou seja as grandes metas macroeconómicas.
2-A Visão Territorialista, tem haver com pressuposto de “integração territorial de desenvolvimento” refere-se a um conjunto de iniciativas inovadoras, que pretendem dar respostas as insuficiências da política de desenvolvimento regional, que consiste na resolução das necessidades essências da localidade.
As políticas de desenvolvimento regional, são consideradas fundamentais no combate às assimetrias entre as regiões.


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